EVANGELHO QUOTIDIANO
Quinta-feira, dia 16 de Março de 2017Quinta-feira da 2ª da Quaresma
Santo do dia : Santo Abraão, eremita, séc. V, Santa Margarida de Cortona, religiosa, penitente, +1297, Santa Eusébia, abadessa, +680
Livro de Jeremias 17,5-10.
Assim fala o Senhor: «Maldito o homem que confia no homem e põe na carne a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor.
Será como o cardo na estepe, que nem percebe quando chega a felicidade; habitará na aridez do deserto, terra salobre e inóspita.
Bendito o homem que confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada à beira da água, que estende as raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos.
O coração é o que há de mais astucioso e incorrigível. Quem o pode entender?
Posso Eu, que sou o Senhor: penetro os corações, sondo os mais íntimos sentimentos, para retribuir a cada um segundo o seu caminho, conforme o fruto das suas obras».
Será como o cardo na estepe, que nem percebe quando chega a felicidade; habitará na aridez do deserto, terra salobre e inóspita.
Bendito o homem que confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada à beira da água, que estende as raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos.
O coração é o que há de mais astucioso e incorrigível. Quem o pode entender?
Posso Eu, que sou o Senhor: penetro os corações, sondo os mais íntimos sentimentos, para retribuir a cada um segundo o seu caminho, conforme o fruto das suas obras».
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31. nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas.
Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’.
O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna
– pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’.
Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’.
Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas.
Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’.
O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna
– pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’.
Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’.
Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’.
Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, 85,3; CCL 39, 1178
Meus irmãos, quando digo que Deus não inclina os seus ouvidos para o rico, não deduzais que Deus não atende os que possuem ouro e prata, criados e patrimônios. Se eles nasceram nessas condições e ocupam esse lugar na sociedade, que se lembrem desta palavra do apóstolo Paulo: «Recomendo aos ricos deste mundo que não sejam orgulhosos» (1Tim 6,17). Aqueles que não são orgulhosos são pobres diante de Deus, que inclina os seus ouvidos para os pobres e os necessitados (Sl 85,1). Com efeito, eles sabem que a sua esperança não está no ouro nem na prata, nem nas coisas de que gozam durante algum tempo. Basta que as riquezas não os levem à perdição e que, se elas nada podem para os salvar, ao menos não lhes sirvam de obstáculo. Quando um homem despreza tudo quanto alimenta o seu orgulho, é um pobre de Deus; e Deus inclina-Se para ele, porque conhece os tormentos do seu coração.
Não há dúvida, irmãos, de que o pobre Lázaro, que permanecia, coberto de chagas, à porta do rico, foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; é isto que lemos e nisto que acreditamos. Quanto ao rico, que se vestia de púrpura e de linho fino e festejava esplendidamente todos os dias, foi precipitado nos tormentos do inferno. Terá sido, realmente, o mérito da sua indigência que valeu ao pobre ter sido levado pelos anjos? E o rico terá sido entregue aos tormentos do inferno por causa da sua opulência? Não, mas ao pobre foi a humildade que o dignificou, e ao rico foi o orgulho que o condenou.
Não há dúvida, irmãos, de que o pobre Lázaro, que permanecia, coberto de chagas, à porta do rico, foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; é isto que lemos e nisto que acreditamos. Quanto ao rico, que se vestia de púrpura e de linho fino e festejava esplendidamente todos os dias, foi precipitado nos tormentos do inferno. Terá sido, realmente, o mérito da sua indigência que valeu ao pobre ter sido levado pelos anjos? E o rico terá sido entregue aos tormentos do inferno por causa da sua opulência? Não, mas ao pobre foi a humildade que o dignificou, e ao rico foi o orgulho que o condenou.
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