A parábola do filho pródigo nos dá a ocasião para meditarmos sobre o
verdadeiro arrependimento (contrição perfeita).
Depois de sua aventura no mundo do pecado, o filho mais novo cai em si e
resolve voltar para a casa do pai, não como filho, mas como servo. Trata-se da
atrição (contrição imperfeita): o arrependimento que nasce no momento em que o
pecador vê o quanto ele mesmo saiu prejudicado com sua vida no desvario.
Ao ver o pai que corre ao seu encontro, o filho pode iniciar o processo
de verdadeira e perfeita contrição: um arrependimento que brota da dor de ter
ofendido a Deus, de ter ferido o seu coração de Pai.
Para o aprofundamento, colocamos abaixo os textos do Catecismo
da Igreja Católica, do Concílio
de Trento e alguns atos de contrição.
Aconselha-se também a leitura do belo livro do Padre J. de Driesch, A contrição
perfeita: uma chave de ouro para o céu. Clique aqui para baixar.
1451 – Entre os atos do penitente, a contrição vem em primeiro lugar.
Consiste "numa dor da alma e detestação do pecado cometido, com a
resolução de não mais pecar no futuro" (Concílio de Trento, Sess. 14ª,
Doctrina de sacramento Paenitentiae, c. 4: DS 1676).
1452 – Quando brota do amor de Deus, amado acima de tudo, contrição é
"perfeita" (contrição de caridade). Esta contrição perdoa as faltas
veniais e obtém também o perdão dos pecado mortais, se incluir a firme
resolução de recorrer, quando possível, à confissão sacramental (cf. Concílio
de Trento, Sess. 14ª, Doctrina de sacramento Paenitentiae, c. 4: DS 1677).
1453 – A contrição chamada "imperfeita" (ou
"atrição") também é um dom de Deus, um impulso do Espírito Santo.
Nasce da consideração do peso do pecado ou do temor da condenação eterna e de
outras penas que ameaçam o pecador (contrição por temor). Este abalo da
consciência pode ser o início de uma evolução interior que ser concluída sob a
ação da graça, pela absolvição sacramental. Por si mesma, porém, a contrição
imperfeita não obtém o perdão dos pecados graves, mas predispõe a obtê-lo no
sacramento da penitência (cf. Concílio de Trento, Sess. 14ª. Doctrina de
sacramento Paenitentiae, c. 4: DS 1678: ID., Sess. 14ª, Canones de sacramento
Paenitentiae, can. 5: DS 1705).
Via pe. Paulo Ricardo.org
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