/10/2016 - 05:00 am .- O perito teólogo italiano Mons. Inos Biffi, um dos dois ganhadores do Prêmio Ratzinger, considerado o Prêmio Nobel de teologia, explicou a importância de continuar desenvolvendo esta ciência dedicada ao estudo de Deus no mundo atual.
Assim o indicou o teólogo em declarações à ACI Stampa, depois de divulgarem que ele e o teólogo ortodoxo, Ioannis Kourempeles, foram declarados ganhadores do importante galardão entregue pela Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI.
O prêmio será entregue pessoalmente pelo Papa Francisco no próximo dia 26 de novembro na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano.
Ao responder à pergunta a respeito da importância de fazer teologia atualmente, Mons. Biffi indicou que “a teologia hoje, como sempre, ainda é importante, quando se compreende sua natureza, que é a de pensar a fé e então acolher a Palavra de Deus com lucidez e com amor. Uma teologia que nasce da mesma fé e que permanece como a raiz e o alimento”.
Para o teólogo, “a teologia não somente não substitui a fé, mas amadurece nela. Devemos procurar, com cuidado, que este processo ocorra em comunhão com a Igreja e com a sua Tradição viva, a qual transmite a mesma Palavra com todos os recursos que ao longo da história foram escutados, pensados, vividos e testemunhados pela graça do Espírito da Verdade, derramado por Cristo sobre a sua Igreja”.
Mons. Biffi, que destacou a sua afinidade com a teologia de Santo Tomás de Aquino, afirmou que “cada teólogo tem a sua própria história e sua própria assinatura. Eu gostaria de pensar que se me vincularam ao teólogo Ratzinger é, sobretudo, por uma proximidade, ou melhor, por uma identidade com a sua metodologia teológica e, portanto, por um contínuo e apaixonado estudo da Palavra de Deus”.
...
Argumentou que “para estabelecer um discurso científico ou racional sobre Deus, não deve estabelecer um discurso que acabe com o mistério de Deus, que sempre permanece transcendente e inesgotável”.
Por outra parte, “Deus fala com homem de forma que o escute, o compreenda e ponha em prática o sentido da Sua Palavra”.
Ao ser perguntado acerca da diferença entre os teólogos tradicionais e os progressistas, o perito explicou que “na verdade a distinção acontece entre teólogos verdadeiros e não teólogos, embora pense que cada teólogo tem suas características particulares”.
Neste sentido, continuou, “a teologia de (São) Boaventura, tão presente em Ratzinger não é a de (Santo) Tomás de Aquino, que está dentro das minhas preferências e dos meus ‘consensos’. Estamos falando, então, de teólogos progressistas e de teólogos conservadores. Mas acredito que não se caracteriza por um excesso de sabedoria”.
“O estudo da teologia – concluiu – leva hoje, como sempre, a mensagem de Deus que por amor se revela ao homem a participar e a desfrutar do mistério do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Para que isto ocorra, o crente é chamado a ser uma testemunha fiel, ao mesmo tempo que Deus nunca deixa de atrair os homens com a sua graça”.
O Pe. Biffi é professor emérito de teologia sistemática e história da teologia na Faculdade de Teologia da Itália Setentrional e da Faculdade de Teologia de Lugano (Suíça).
É doutor associado da Biblioteca Ambrosiana, membro da Pontifícia Academia Santo Tomás de Aquino e da Pontifícia Academia Teológica, Presidente do Instituto para a História da Teologia Medieval de Milão e diretor do Instituto de História da Teologia da Faculdade de Teologia de Lugano.
O prêmio será entregue pessoalmente pelo Papa Francisco no próximo dia 26 de novembro na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano.
Ao responder à pergunta a respeito da importância de fazer teologia atualmente, Mons. Biffi indicou que “a teologia hoje, como sempre, ainda é importante, quando se compreende sua natureza, que é a de pensar a fé e então acolher a Palavra de Deus com lucidez e com amor. Uma teologia que nasce da mesma fé e que permanece como a raiz e o alimento”.
Para o teólogo, “a teologia não somente não substitui a fé, mas amadurece nela. Devemos procurar, com cuidado, que este processo ocorra em comunhão com a Igreja e com a sua Tradição viva, a qual transmite a mesma Palavra com todos os recursos que ao longo da história foram escutados, pensados, vividos e testemunhados pela graça do Espírito da Verdade, derramado por Cristo sobre a sua Igreja”.
Mons. Biffi, que destacou a sua afinidade com a teologia de Santo Tomás de Aquino, afirmou que “cada teólogo tem a sua própria história e sua própria assinatura. Eu gostaria de pensar que se me vincularam ao teólogo Ratzinger é, sobretudo, por uma proximidade, ou melhor, por uma identidade com a sua metodologia teológica e, portanto, por um contínuo e apaixonado estudo da Palavra de Deus”.
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Argumentou que “para estabelecer um discurso científico ou racional sobre Deus, não deve estabelecer um discurso que acabe com o mistério de Deus, que sempre permanece transcendente e inesgotável”.
Por outra parte, “Deus fala com homem de forma que o escute, o compreenda e ponha em prática o sentido da Sua Palavra”.
Ao ser perguntado acerca da diferença entre os teólogos tradicionais e os progressistas, o perito explicou que “na verdade a distinção acontece entre teólogos verdadeiros e não teólogos, embora pense que cada teólogo tem suas características particulares”.
Neste sentido, continuou, “a teologia de (São) Boaventura, tão presente em Ratzinger não é a de (Santo) Tomás de Aquino, que está dentro das minhas preferências e dos meus ‘consensos’. Estamos falando, então, de teólogos progressistas e de teólogos conservadores. Mas acredito que não se caracteriza por um excesso de sabedoria”.
“O estudo da teologia – concluiu – leva hoje, como sempre, a mensagem de Deus que por amor se revela ao homem a participar e a desfrutar do mistério do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Para que isto ocorra, o crente é chamado a ser uma testemunha fiel, ao mesmo tempo que Deus nunca deixa de atrair os homens com a sua graça”.
O Pe. Biffi é professor emérito de teologia sistemática e história da teologia na Faculdade de Teologia da Itália Setentrional e da Faculdade de Teologia de Lugano (Suíça).
É doutor associado da Biblioteca Ambrosiana, membro da Pontifícia Academia Santo Tomás de Aquino e da Pontifícia Academia Teológica, Presidente do Instituto para a História da Teologia Medieval de Milão e diretor do Instituto de História da Teologia da Faculdade de Teologia de Lugano.
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