Um dos aspectos mais impressionantes do papado contemporâneo é o seu apelo cada vez mais universal. Como parte dos seus deveres, os papas recebem a todos, de presidiários a primeiros-ministros, de prostitutas a presidentes, de príncipes a mendigos.
O abrangente alcance do papa Francisco foi reafirmado recentemente, quando ele recebeu no Vaticano o rei Philippe e a rainha Mathilde, da Bélgica. Aos 54 anos, Philippe é um dos mais jovens monarcas reinantes na Europa. Ele subiu ao trono em 2013, após a abdicação do pai, o rei Albert II. Piloto de caça e paraquedista, frequentou a Real Academia Militar Belga e o Trinity College, em Cambridge, no Reino Unido, e, depois, graduou-se em Ciências Políticas pela Universidade de Stanford, nos EUA.
Com uma educação de primeira classe e pertencendo ao nível mais alto da sociedade segundo os critérios do mundo, o rei Philippe representa todos os privilegiados da terra: monarcas e magnatas, astros e estrelas, presidentes, primeiros-ministros e todos os outros grandes líderes das nações. Já o papa, o primeiro líder religioso do mundo, não comanda mais economias nem exércitos, mas cativa corações e mentes de milhões e milhões de pessoas. Seu poder transcende as fronteiras nacionais e as limitações históricas. Em termos simbólicos, o papa é o representante do Rei dos Reis e a face terrena do Reino dos Céus.
A visita do rei e da rainha da Bélgica coincidiu com a "visita" de outro belga ao Vaticano. Willy Herteleeter, um senhor de mais de oitenta anos de idade, vivia em Roma como sem teto. Bem conhecido pela população do Vaticano e pelos moradores das estreitas ruas dos arredores, Willy assistia à missa das 7 horas toda manhã na Igreja de Santa Ana.
O Príncipe e o Mendigo dos belgas no Vaticano!
Vivendo nas ruas romanas, Willy empurrava os seus parcos pertences num carrinho de supermercado. Depois da missa, às vezes, ele se tornava uma espécie de evangelizador ambulante, perguntando às pessoas quando tinham ido à missa ou se confessado pela última vez e incentivando-as a refletir a respeito. Depois da sua morte, em dezembro, alguns amigos identificaram o seu corpo no necrotério da cidade e, com base em suas origens flamencas, conseguiram que ele fosse enterrado no antigo cemitério vaticano para os peregrinos de ascendência germânica. Embora o papa Francisco não estivesse envolvido na decisão de enterrar Willy em território vaticano, a sua provada compaixão pelos pobres certamente a aprovou. O sepultamento de Willy Herteleeter no cemitério do Vaticano, afinal, é coerente com tantos e tantos gestos cotidianos do papa, como compartilhar o seu café-da-manhã com três sem-teto, incentivar constantemente o clero a "ter cheiro de ovelha" e instalar chuveiros e banheiros perto do Vaticano para os desabrigados.
Francisco é papa tanto dos reis e príncipes quanto dos pobres do mundo, e isto nos leva a uma reflexão mais profunda sobre o abraço universal de Cristo. Desde o início da sua vida terrena, Jesus esteve aberto aos grandes e aos pequenos. Ao nascer, Ele foi adorado tanto pelos reis magos quanto pelos humildes pastores de Belém. Exerceu seu ministério para os filhos dos ricos e dos pobres, foi hospedado e conversou com os poderosos, mas vivia como pobre no meio dos pobres.
Com sua vida e seus ensinamentos, Jesus falou das dificuldades e tentações da riqueza e do poder e das bem-aventuranças dos pobres e pequenos. Embora fosse o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, Jesus não tinha onde reclinar a cabeça. Ele próprio era príncipe e mendigo. Ao acolher a realeza e a periferia do mundo, o papa Francisco continua mostrando que a mensagem do Evangelho se estende a todos, poderosos ou fracos, pobres ou ricos, príncipes ou mendigos.
Em Cristo, todos os Philippes e Willy Herteleeters do mundo são bem-vindos. Mas, diante do Cristo Rei, o maior rei terreno é um mendigo da graça e, quando tocado pela graça de Deus, o mais humilde mendigo se torna filho adotivo de Deus. Ao acolher as extremidades do espectro terreno da riqueza e do poder, o papa Francisco nos mostra que, em Cristo, somos todos pobres que precisam da graça e, uma vez tocados por ela, somos todos príncipes do seu Reino eterno.
Em Cristo, não há nem pode haver luta de classes, mas comunhão de classes: mutuamente, todos devem ajudar-se a compartilhar com justiça das riquezas da terra e das riquezas do céu.
O abrangente alcance do papa Francisco foi reafirmado recentemente, quando ele recebeu no Vaticano o rei Philippe e a rainha Mathilde, da Bélgica. Aos 54 anos, Philippe é um dos mais jovens monarcas reinantes na Europa. Ele subiu ao trono em 2013, após a abdicação do pai, o rei Albert II. Piloto de caça e paraquedista, frequentou a Real Academia Militar Belga e o Trinity College, em Cambridge, no Reino Unido, e, depois, graduou-se em Ciências Políticas pela Universidade de Stanford, nos EUA.
Com uma educação de primeira classe e pertencendo ao nível mais alto da sociedade segundo os critérios do mundo, o rei Philippe representa todos os privilegiados da terra: monarcas e magnatas, astros e estrelas, presidentes, primeiros-ministros e todos os outros grandes líderes das nações. Já o papa, o primeiro líder religioso do mundo, não comanda mais economias nem exércitos, mas cativa corações e mentes de milhões e milhões de pessoas. Seu poder transcende as fronteiras nacionais e as limitações históricas. Em termos simbólicos, o papa é o representante do Rei dos Reis e a face terrena do Reino dos Céus.
A visita do rei e da rainha da Bélgica coincidiu com a "visita" de outro belga ao Vaticano. Willy Herteleeter, um senhor de mais de oitenta anos de idade, vivia em Roma como sem teto. Bem conhecido pela população do Vaticano e pelos moradores das estreitas ruas dos arredores, Willy assistia à missa das 7 horas toda manhã na Igreja de Santa Ana.
O Príncipe e o Mendigo dos belgas no Vaticano!
Vivendo nas ruas romanas, Willy empurrava os seus parcos pertences num carrinho de supermercado. Depois da missa, às vezes, ele se tornava uma espécie de evangelizador ambulante, perguntando às pessoas quando tinham ido à missa ou se confessado pela última vez e incentivando-as a refletir a respeito. Depois da sua morte, em dezembro, alguns amigos identificaram o seu corpo no necrotério da cidade e, com base em suas origens flamencas, conseguiram que ele fosse enterrado no antigo cemitério vaticano para os peregrinos de ascendência germânica. Embora o papa Francisco não estivesse envolvido na decisão de enterrar Willy em território vaticano, a sua provada compaixão pelos pobres certamente a aprovou. O sepultamento de Willy Herteleeter no cemitério do Vaticano, afinal, é coerente com tantos e tantos gestos cotidianos do papa, como compartilhar o seu café-da-manhã com três sem-teto, incentivar constantemente o clero a "ter cheiro de ovelha" e instalar chuveiros e banheiros perto do Vaticano para os desabrigados.
Francisco é papa tanto dos reis e príncipes quanto dos pobres do mundo, e isto nos leva a uma reflexão mais profunda sobre o abraço universal de Cristo. Desde o início da sua vida terrena, Jesus esteve aberto aos grandes e aos pequenos. Ao nascer, Ele foi adorado tanto pelos reis magos quanto pelos humildes pastores de Belém. Exerceu seu ministério para os filhos dos ricos e dos pobres, foi hospedado e conversou com os poderosos, mas vivia como pobre no meio dos pobres.
Com sua vida e seus ensinamentos, Jesus falou das dificuldades e tentações da riqueza e do poder e das bem-aventuranças dos pobres e pequenos. Embora fosse o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, Jesus não tinha onde reclinar a cabeça. Ele próprio era príncipe e mendigo. Ao acolher a realeza e a periferia do mundo, o papa Francisco continua mostrando que a mensagem do Evangelho se estende a todos, poderosos ou fracos, pobres ou ricos, príncipes ou mendigos.
Em Cristo, todos os Philippes e Willy Herteleeters do mundo são bem-vindos. Mas, diante do Cristo Rei, o maior rei terreno é um mendigo da graça e, quando tocado pela graça de Deus, o mais humilde mendigo se torna filho adotivo de Deus. Ao acolher as extremidades do espectro terreno da riqueza e do poder, o papa Francisco nos mostra que, em Cristo, somos todos pobres que precisam da graça e, uma vez tocados por ela, somos todos príncipes do seu Reino eterno.
Em Cristo, não há nem pode haver luta de classes, mas comunhão de classes: mutuamente, todos devem ajudar-se a compartilhar com justiça das riquezas da terra e das riquezas do céu.
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