O pecado é fundamental na vida de Jesus: foi para nos redimir do pecado que Ele se encarnou, fazendo-se homem. Mesmo não pecando, Jesus foi o único homem capaz de entender a infinita dor sentida por Deus quando um único homem peca contra Ele e contra si mesmo.
MAS O QUE É O PECADO?
- Nas tribos primitivas, era a violação de um tabu. Já entre os judeus, era uma atitude que contaminava radicalmente o homem, por ser uma escolha da inteligência e da vontade contra a pessoa de Deus.
- Os profetas de Israel enxergavam o pecado como uma recusa a obedecer, como ingratidão, orgulho, falsidade do coração, rebelião declarada. Era a ruptura de um vínculo, a violação de uma aliança, a traição de uma amizade. Quando um homem peca, ele repete a experiência de Adão, "escondendo-se de Deus". É assim, diziam eles, que Deus vê o pecado: não como uma simples lei violada, mas como uma amizade traída.
- De fato, para Jesus, o pecado não era a mera transgressão de uma lei. Isso era secundário, embora fosse de enorme importância para os escribas e fariseus, que valorizavam excessivamente as regras formais e as aparências, mas se esqueciam do principal (cf. Mt 23,23-24).
- Para Jesus, o pecado nasce no interior do homem (cf. Mt 15, 10-20). É por isso que é necessária a transformação interior, do coração. Para Jesus, o pecado é uma escravidão: o homem se deixa ficar em poder do maligno, valorizando falsamente as coisas deste mundo, deixando-se arrastar pelo imediato, por satisfações sensíveis que não saciam a nossa sede de amor e de plenitude.
QUAIS SÃO OS MAIORES PECADOS PARA JESUS?
- A hipocrisia religiosa: o uso das aparências para encobrir egoísmos e interesses que pisoteiam a justiça, a misericórdia e a lealdade.
- O desprezo pela mensagem de amor de Deus: quem ouve a mensagem e não a cumpre será julgado mais severamente (Mt 10, 15; 21,31).
- Escandalizar os pequenos (cf. Mt 18,6-7). Até porque só entrarão no Reino dos Céus aqueles que se fizerem como crianças, puros em seu coração.
- Os pecados que ofendem o amor real pelo próximo: “Ide, malditos, para o fogo eterno, porque eu tive fome e não me destes de comer” (Mt 25, 41-46).
- A omissão: na parábola dos talentos, um dos servos é condenado às trevas exteriores porque não fez render a sua moeda (cf. Mt 25,30).
- E o pecado imperdoável: a blasfêmia contra o Espírito Santo (cf. Mt 12, 30-32). Em que ele consiste? Na atitude permanente de desafiar a graça divina; em fechar-se a Deus, em recusar a sua mensagem. Essa atitude impossibilita o arrependimento. E, como Deus respeita a nossa liberdade e o nosso livre arbítrio, Ele próprio se deixa obrigar por nós a não nos dar o seu perdão, que depende da nossa aceitação voluntária.
COMO JESUS TRATA OS PECADORES?
- Ele diferencia claramente o pecado e o pecador. Diante do pecado, Jesus é intransigente. Diante do pecador, Ele é terno emisericordioso. Ele enxerga no pecador a possibilidade de um novo filho de Deus. Suas palavras se suavizam; Ele se apronta para perdoar antes mesmo que o pecador dê sinais de arrependimento.
- Ele tem pelos pecadores uma dedicação especial, sejam eles ricos ou pobres. Jesus fazia refeições com eles: era um sinal decomunhão. Ele queria aproximá-los do banquete de Deus. Jesus ama o pecador e o convida à Sua mesa.
- Jesus sabe que todos os homens pecam. Por isso mesmo, Ele sabe que todos precisam ser acolhidos (cf. Jo 8,7).
- Jesus pede que todos se reconheçam pecadores. É assim que Ele pode nos oferecer a salvação (cf. Mt 9, 13).
- Jesus se aproxima do pecador, mas deixa claro que os pecados não devem ser aceitos (cf. Jo 8,11). É por isso que Ele sempre convida o pecador à conversão.
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