quinta-feira, 25 de abril de 2024

Inteligência artificial, a estadunidense Cisco assina o "Rome Call for AI Ethics"

 A organização multinacional Cisco aderiu ao "Rome Call for AI Ethics" A organização multinacional Cisco aderiu ao "Rome Call for AI Ethics" 

Inteligência artificial, a estadunidense Cisco assina o "Rome Call for AI Ethics"

Um grande player tecnológico une-se ao apelo por um algoritmo que regule a Inteligência Artificial (IA): o anúncio foi feito pela Pontifícia Academia para a Vida e pela Fundação RenAIssance no final de um evento realizado em Roma e que contou com a presença da multinacional especializada no fornecimento de equipamentos de rede assinar o documento que pede uma abordagem ética para as novas fronteiras. A delegação foi recebida esta manhã no Vaticano pelo Papa.

Vatican News

"Estamos muito satisfeitos que a Cisco tenha se unido ao Rome Call for AI Ethics (Apelo de Roma para a Ética da IA) porque é uma empresa que desempenha um papel crucial como parceira tecnológica para a adoção e implementação da Inteligência Artificial, oferecendo competência em infraestrutura, segurança e proteção de dados e sistemas de IA." Essas foram as palavras proferidas pelo presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia, da Fundação RenAIssance, comentando sobre o evento desta quarta-feira (24/04), em que Chuck Robbins, administrador delegado da Cisco System Inc., assinou o Rome Call for AI Ethics. “Quando em 2020, pela primeira vez, falamos ao mundo sobre a necessidade e a urgência de criar um algoritmo, ou seja, uma ética na concepção dos algoritmos que estava na base da Inteligência Artificial, imediatamente entendemos que o momento era oportuno, continuou dom Paglia. “Hoje sabemos que a IA não é mais um tópico do assunto do setor, e refletir sobre a ética de seu desenvolvimento é mais urgente do que nunca. Essa nova assinatura do Roma Call demonstra isso”.

Assinatura da Cisco hoje em Roma

O evento de assinatura do documento já assinado por players internacionais de tecnologia, como Microsoft e IBM, instituições como a FAO, inúmeras universidades em todo o mundo por empresas e indivíduos, bem como representantes das três religiões abraâmicas, realizou-se na manhã desta quarta-feira (24/04), em Roma. “A Inteligência Artificial está mudando radicalmente o nosso mundo, apresentando grandes oportunidades, mas também novos desafios. "Por quase 40 anos, a Cisco vem construindo as redes que conectam pessoas e organizações em todo o mundo, e hoje estamos construindo a infraestrutura crítica e as soluções de segurança que impulsionarão a revolução da IA", disse Chuck Robbins, presidente e administrador delegado da Cisco. "Os princípios do Rome Call estão alinhados com a convicção da Cisco de que a tecnologia deve ser construída sobre uma base de confiança nos níveis mais altos, a fim de promover um futuro inclusivo para todos".

Ética e Inteligência Artificial

A cerimônia de assinatura do Rome Call - informa o comunicado de imprensa dos dois promotores - seguiu-se à audiência de uma delegação com o Papa Francisco esta manhã no Vaticano. Na conclusão do evento, pe. Paolo Benanti, professor extraordinário de Ética das Tecnologias na Pontifícia Universidade Gregoriana, diretor científico da Fundação RenAIssance e membro do Órgão Consultivo sobre Inteligência Artificial das Nações Unidas, disse: “Um dos elementos-chave para enfrentar as transformações da IA é a habilitação de suas capacidades, que estão avançando rapidamente e transformando muitos setores. A habilitação dos recursos de IA de maneira ética requer ações em várias direções: desenvolvimento de conjuntos de dados grandes, de alta qualidade e imparciais para treinar modelos de IA; fornecimento de acesso às infraestruturas informáticas; desenvolvimento de competências de IA; estabelecimento de estruturas de governança para gerenciar o desenvolvimento da IA; e que os sistemas de IA sejam transparentes, responsáveis e alinhados aos valores humanos.

Um passo adiante

"A assinatura de hoje pela Cisco do Rome Call for AI Ethics", concluiu o padre Bernanti, ‘representa um passo adiante nesse processo, graças ao compromisso da Cisco com o pensamento de cima para baixo, com a governança proativa e com a mitigação de riscos, bem como uma ampla perspectiva sobre o impacto transformador da IA nas indústrias e na sociedade’.

O Rome Call for AI Ethics

O Rome Call for AI Ethics é um documento pensado e promovido pela Pontifícia Academia para a Vida e, posteriormente, pela Fundação RenAIssance, criada pelo Papa Francisco em 2021 especificamente para sua divulgação, que exige uma abordagem ética da Inteligência Artificial. A ideia é promover um senso de responsabilidade compartilhada entre organizações internacionais, governos, instituições e o setor privado num esforço de criar um futuro no qual cada indivíduo possa se beneficiar dos progressos da tecnologia e para que o progresso tecnológico garanta o respeito pela dignidade de cada indivíduo e de nossa Casa comum. Ao investir em um novo algoritmo, os signatários se comprometem com os princípios de transparência, inclusão, responsabilidade, imparcialidade, confiabilidade, segurança e privacidade do Rome Call for AI Ethics.

Homilia do dia 24.04.24. O pecado da ira e a virtude da paciência.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Assessoria de Comunicação lança aplicativo oficial da CNBB

 

Padre Arnaldo assessor de comunicação da CNBB 

 Vatican News - Aparecida

O aplicativo favorece a aproximação da Conferência episcopal com os bispos e os fiéis, de modo geral, no compartilhamento das informações, pronunciamentos e possibilidade de acompanhar a liturgia diariamente.

Durante a primeira sessão desta quinta-feira, 18, a Assessoria de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou um aplicativo de celular. O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa Parresia e está disponível gratuitamente para Android e iOS.

“Com este aplicativo, buscamos criar uma comunicação de relacionamento, proporcionando um ambiente digital mais humanizado. Não é um espaço a partir do qual o usuário apenas recebe informações, mas onde pode interagir com a Conferência”, afirmou o assessor de comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues, durante a apresentação aos bispos.

O aplicativo, que foi pensado a partir da premissa de permitir ao usuário fazer uma experiência de fé no ambiente digital, dá acesso à palavra oficial da Conferência e aos destaques dos regionais e das comissões episcopais. Será possível navegar pelas últimas notícias em destaque, dos eventos, podcasts, fotos, vídeos e os artigos dos bispos.

Além de notícias atualizadas por categorias, o usuário poderá facilmente acessar a liturgia diária e das horas e notícias das Comissões e Regionais da CNBB, divulgação de eventos e a palavra oficial da Conferência. O aplicativo oferece também a possiblidade ao usuário de criar sua conta e salvar os seus conteúdos preferidos.

Para o padre Arnaldo, “em um mundo em constante transformação, onde a tecnologia nos conecta de maneiras nunca imaginadas, a CNBB dá este passo importante para acompanhar e ser presença neste novo tempo.”

terça-feira, 23 de abril de 2024

A carta dos bispos aos cristãos católicos do Brasil

 Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades.

Vatican News – Aparecida

Seguindo a tradição das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quatro cardeais brasileiros durante a coletiva desta quinta-feira, 17 de abril, tornaram conhecidos o processo de construção e o conteúdo das quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro: ao Papa Francisco, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Francis Prevost, ao povo brasileiro e aos cristãos católicos. Esta última, uma das novidades desta edição da assembleia. A carta ao Santo Padre e ao Dicastério para os bispos foram encamninhadas pela coordenação da Assembleia.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, na carta ao Papa Francisco o episcopado brasileiro manifesta a comunhão com o Santo Padre, apresentou os temas gerais da assembleia e um agradecimento pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento: a paz, a justiça, as migrações e das pessoas que morrem no mar.

Mensagem aos Cristãos Católicos do Brasil

Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.

A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”.

A mensagem ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e faz um convite a não desanimar diante das dificuldades presentes e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado à preparação ao Jubileu 2025. De acordo com dom Odilo, trata-se de uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo católico”.

IX SEMANA DE ADORAÇÃO Gula e temperança

segunda-feira, 22 de abril de 2024

IX SEMANA DE ADORAÇÃO. Vencendo a barreira da avareza com a virtude da l...

Domingo do Bom Pastor.

«O alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará»

 

São João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n.º 82, 5



Os judeus comiam a refeição da Páscoa em pé, de sandálias nos pés e cajado na mão; comiam-na à pressa (cf Ex 12,11). Tu ainda tens mais razão para te manteres vigilante! Eles preparavam-se para partir para a Terra Prometida e comportavam-se como viajantes; tu encaminhas-te para o Céu. É por isso que temos de estar sempre em guarda. [...] Os inimigos de Cristo bateram no seu corpo santíssimo sem saberem o que faziam (cf Lc 23,34); e tu recebê-lo-ias com a alma impura depois de tantos benefícios que Ele te fez? Pois Ele não Se contentou em Se fazer homem, em ser flagelado e morto; no seu amor, quis ainda unir-Se a nós, identificar-Se connosco não apenas pela fé, mas realmente, pela participação no seu próprio corpo. [...]
Considera a honra que recebes e a que mesa és conviva. Aquele que os anjos não veem sem tremer, Aquele para quem não ousam olhar sem temor por causa do esplendor da glória que Lhe irradia da face, é desse que fazemos nosso alimento, tornando-nos um só corpo e uma só carne com Ele. «Quem poderá contar as obras do Senhor e anunciar todos os seus louvores?» (Sl 106,2) Que pastor alimentou jamais as suas ovelhas com a sua própria carne? [...] Acontece muitas vezes as mães confiarem os filhos a amas de leite. Não assim Cristo; Ele alimenta-nos com o seu próprio sangue, torna-nos um só corpo com Ele.

domingo, 21 de abril de 2024

«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

Santo Agostinho

Senhor meu Deus, luz dos cegos e força dos fracos, mas também luz dos que veem e força dos fortes, escuta a a minha alma, ouve-a gritar do fundo do abismo (cf Sl 192,1). Pois se Tu não nos escutares do fundo do abismo, aonde iremos? A quem dirigiremos os nossos apelos?
«Teu é o dia, tua é também a noite» (Sl 73,16). A um sinal teu, todos os instantes desaparecem. Dá aos nossos pensamentos o tempo necessário para investigarem os recessos profundos da tua lei e não feches a porta àqueles que batem (cf Mt 7,7). Com razão quiseste que se escrevessem tantas páginas cheias de sombras e de mistérios, belas florestas onde os veados se refugiam e restauram as forças, onde passeiam e pastam, onde se deitam e ruminam. Ó Senhor, conduz-me ao termo e revela-me os seus segredos.
A tua palavra é toda a minha alegria, a tua palavra é mais doce que uma torrente de volúpias. Concede-me que Te ame, porque o amor é um dom teu. Não abandones os teus dons, não desdenhes deste talo de erva sedento. Que eu proclame tudo quanto descobrir nos teus livros; faz-me «ouvir a voz dos teus louvores» (Sl 25,7). Possa eu beber da tua palavra e considerar as maravilhas da tua lei (cf Sl 118,18), desde o instante em que criaste o céu e a terra até ao momento em que partilhar contigo o reino eterno na cidade santa.

sábado, 20 de abril de 2024

O massacre dos inocentes. Ep. 13. Série Pensando a vida de Cristo.

“Se algum de nós não luta...”

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud

A alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutamos, porque é conseqüência da paz. A paz é fruto de se ter vencido a guerra, e a vida do homem sobre a terra - lemos na Escritura Santa - é luta. (Forja, 105)

Ao longo de toda a tradição da Igreja, retratam-se os cristãos como milites Christi, soldados de Cristo. Soldados que levam a serenidade aos outros, enquanto combatem continuamente contra as más inclinações pessoais. Às vezes, por insuficiência de sentido sobrenatural, por uma descrença prática, não se quer entender a vida na terra como milícia. Insinuam maliciosamente que, se nos considerarmos soldados de Cristo, corremos o risco de utilizar a fé para fins temporais de violência, de facções. Este modo de pensar é uma triste simplificação pouco lógica, que costuma aparecer de mãos dadas com o comodismo e a covardia.

Nada mais alheio à fé cristã do que o fanatismo que acompanha os estranhos conúbios entre o profano e o espiritual, sejam de que sinal forem. Esse perigo não existe, se entendemos a luta tal como Cristo no-la ensinou: como guerra de cada um consigo mesmo, como esforço sempre renovado de amar mais a Deus, de desterrar o egoísmo, de servir a todos os homens. Renunciar a esta contenda, seja com que desculpa for, é declarar-se de antemão derrotado, aniquilado, sem fé, de alma caída, dissipada em complacências mesquinhas.

Para o cristão, o combate espiritual, diante de Deus e de todos os irmãos na fé, é uma necessidade, uma consequência da sua condição. Por isso, se algum de nós não luta, está traindo Jesus Cristo e todo o seu corpo místico, que é a Igreja. (É Cristo que passa, 74)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

“A tristeza é a escória do egoísmo”

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud
Que ninguém leia tristeza nem dor na tua cara, quando difundes pelo ambiente do mundo o aroma do teu sacrifício: os filhos de Deus têm que ser semeadores de paz e de alegria. (Sulco, 59)

Por que é que os filhos de Deus hão de estar tristes? A tristeza é a escória do egoísmo. Se queremos viver para o Senhor, não nos faltará a alegria, mesmo que descubramos os nossos erros e as nossas misérias. A alegria penetra na vida de oração, e de tal maneira que a certa altura não há outro jeito senão romper a cantar: porque amamos, e cantar é coisa de enamorados.

Se vivermos assim, realizaremos no mundo uma tarefa de paz. Saberemos tornar amável aos outros o serviço do Senhor, porque Deus ama quem dá com alegria. O cristão é uma pessoa igual às outras na sociedade; mas do seu coração transbordará o júbilo de quem se propõe cumprir, com a ajuda constante da graça, a Vontade do Pai. E não se sente vítima, nem inferiorizado, nem coagido. Caminha de cabeça erguida, porque é homem e é filho de Deus.

A nossa fé dá todo o seu relevo a estas virtudes que pessoa alguma deveria deixar de cultivar. Ninguém pode vencer o cristão em humanidade. Por isso, quem segue Cristo é capaz - não por mérito próprio, mas pela graça do Senhor - de comunicar aos que o rodeiam aquilo que às vezes pressentem, mas não conseguem compreender: que a verdadeira felicidade, o autêntico serviço ao próximo passa necessariamente pelo Coração do nosso Redentor, perfectus Deus, perfectus homo, perfeito Deus, perfeito homem. (Amigos de Deus, 92-93)

quinta-feira, 18 de abril de 2024

"Senhor, se quiseres, podes curar-me”

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud
Não duvides: o coração foi criado para amar. Metamos pois Jesus Cristo em todos os nossos amores. Caso contrário, o coração vazio se vinga, e se enche das baixezas mais desprezíveis. (Sulco, 800)

Como havemos de nos dirigir a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos? A vida cristã não se compõe de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas em massa, mas em cada uma infunde propósitos, inspirações e afetos que a ajudarão a reconhecer e a cumprir a vontade do Pai. Penso, não obstante, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, da ação de graças após a Santa missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós o Rei, Médico, Mestre e Amigo. (...)

É Médico, e cura o nosso egoísmo se deixarmos que a sua graça penetre até o fundo da alma. Jesus advertiu-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que leva a dissimular os pecados próprios. Com o Médico é imprescindível que tenhamos uma sinceridade absoluta, que lhe expliquemos toda a verdade e digamos: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres - e Tu queres sempre -, podes curar-me. Tu conheces a minha debilidade; sinto esses sintomas e experimento estas outras fraquezas. E descobrimos com simplicidade as chagas; e o pus, se houver pus. Senhor, Tu que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-te no meu peito ou ao contemplar-te no Sacrário, te reconheça como Médico divino. (É Cristo que passa, 92-93)

quarta-feira, 17 de abril de 2024

“Não recusemos a obrigação de viver”

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud

Ficaste muito sério ao escutar-me: - Aceito a morte quando Ele quiser, como Ele quiser e onde Ele quiser; e ao mesmo tempo penso que é “um comodismo” morrer cedo, porque temos que desejar trabalhar muitos anos para Ele e, por Ele, a serviço dos outros. (Forja, 1039)

Eu vos livrarei do cativeiro, estejais onde estiverdes. Livramo-nos da escravidão pela oração: sabemo-nos livres, voando num epitalâmio de alma apaixonada, num cântico de amor, que nos impele a não desejar afastar-nos de Deus. Um novo modo de andar na terra, um modo divino, sobrenatural, maravilhoso. Recordando tantos escritores castelhanos quinhentistas, talvez nos agrade saborear isto por nossa conta: Vivo porque não vivo; é Cristo que vive em mim!

Aceita-se com gosto a necessidade de trabalhar neste mundo durante muitos anos, porque Jesus tem poucos amigos cá em baixo. Não recusemos a obrigação de viver, de gastar-nos - bem espremidos - a serviço de Deus e da Igreja. Desta maneira, em liberdade: in libertatem gloriae filiorum Dei, qua libertate Christus nos liberavit; com a liberdade dos filhos de Deus, que Jesus Cristo nos conquistou morrendo sobre o madeiro da Cruz.

É possível que, já desde o princípio, se levantem grandes nuvens de pó e que, ao mesmo tempo, os inimigos da nossa santificação empreguem uma técnica tão veemente e tão bem orquestrada de terrorismo psicológico - de abuso de poder -, que arrastem na sua absurda direção mesmo aqueles que durante muito tempo mantinham outra conduta mais lógica e reta. E, embora essa voz soe a sino rachado, que não foi fundido com bom metal e é bem diferente dos assobios do pastor, desse modo aviltam a palavra, que é um dos dons mais preciosos que o homem recebeu de Deus, dádiva belíssima para manifestar altos pensamentos de amor e de amizade ao Senhor e às suas criaturas; a tal ponto que se chega a entender por que São Tiago diz da língua que ela é um mundo inteiro de malícia, tantos são os males que pode causar: mentiras, detrações, desonras, embustes, insultos, murmurações tortuosas. (Amigos de Deus, nn. 297-298)

terça-feira, 16 de abril de 2024

“Amemos a direção espiritual!”

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud
Abriste sinceramente o coração ao teu Diretor, falando na presença de Deus..., e foi maravilhoso verificar como tu sozinho ias encontrando resposta adequada às tuas tentativas de evasão. Amemos a direção espiritual! (Sulco, 152)

Conheceis de sobra as obrigações do vosso caminho de cristãos, que vos conduzirão sem pausa à santidade; estais também precavidos contra as dificuldades, praticamente contra todas, porque se vislumbram já desde os começos do caminho. Agora insisto em que vos deixeis ajudar, guiar, por um diretor de almas a quem confieis todas as vossas aspirações santas e os problemas cotidianos que possam afetar a vida interior, os descalabros que possais sofrer e as vitórias.

Nessa direção espiritual, mostrai-vos sempre muito sinceros; não vos façais nenhuma concessão sem dizê-lo; abri por completo a vossa alma, sem medos nem vergonhas. Olhai que, de outro modo, esse caminho tão plano e fácil de andar se complica, e o que a princípio não era nada acaba por converter-se em nó que asfixia. (...)

Lembramo-nos do conto do cigano que foi confessar-se? Não passa de um conto, de uma historieta jocosa, porque da confissão não se fala nunca, além de que estimo muito os ciganos. Pobrezinho! Estava verdadeiramente arrependido: Padre, acuso-me de ter roubado uma corda... - pouca coisa, não é verdade? - e detrás havia uma mula, e detrás outra corda... e outra mula... E assim até vinte. Meus filhos, o mesmo se passa no nosso comportamento: mal cedemos a corda, vem o resto, vem uma arreata de más inclinações, de misérias que aviltam e envergonham. E outro tanto se passa na convivência: começa-se com um pequeno desaire e acaba-se vivendo de costas para o próximo, no meio da indiferença mais enregelante. (Amigos de Deus, 15)

Vamos experimentar a transformação em nossas vidas?

segunda-feira, 15 de abril de 2024

"Que a tua vida não seja uma vida estéril"

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud
Que a tua vida não seja uma vida estéril. - Sê útil. - Deixa rasto. - Ilumina com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. - E incendeia todos os caminhos da terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho, 1)

Se admitisses a tentação de perguntar a ti mesmo: Quem me manda a mim meter-me nisto?, teria que responder-te: Quem te manda - quem te pede - é o próprio Cristo. A messe é grande, e os operários, poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a sua messe. Não concluas comodamente: Eu não sirvo para isso, para isso já há outros; essas tarefas me são estranhas. Não, para isso não há outros; se tu pudesses falar assim, todos poderiam dizer o mesmo. O pedido de Cristo dirige-se a todos e a cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado, nem por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação. Não há desculpas de nenhum gênero. Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será estéril.

E depois, quem foi que disse que, para falar de Cristo, para difundir a sua doutrina, é preciso fazer coisas esquisitas, estranhas? Faze a tua vida normal; trabalha onde estás, procurando cumprir os deveres do teu estado, acabar bem as tarefas da tua profissão ou do teu ofício, superando-te, melhorando dia a dia. Sê leal, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo. Sê mortificado e alegre. Esse será o teu apostolado. E sem saberes por quê, dada a tua pobre miséria, os que te rodeiam virão ter contigo e, numa conversa natural, simples - à saída do trabalho, numa reunião familiar, no ônibus, ao dar um passeio, em qualquer parte -, falareis de inquietações que existem na alma de todos, embora às vezes alguns não as queiram reconhecer: irão entendendo-as melhor quando começarem a procurar Deus a sério. (Amigos de Deus, 272-273)

Vamos estender nossas mãos aos necessitados?

domingo, 14 de abril de 2024

“Sejamos sempre selvagemente sinceros”

 

Opus Dei
Textos de São Josemaria
FacebookTwitterYoutubeflickrInstagramSoundcloud
Se o demônio mudo - de que nos fala o Evangelho - se mete na tua alma, põe tudo a perder. Mas se é expulso imediatamente, tudo corre bem, caminha-se feliz, tudo anda. - Propósito firme: “sinceridade selvagem” na direção espiritual, unida a uma delicada educação... E que essa sinceridade seja imediata. (Forja, 127)

Volto a afirmar que todos temos misérias. Mas as nossas misérias não nos deverão levar nunca a desentender-nos do Amor de Deus, mas acolher-nos a esse Amor, a meter-nos dentro dessa bondade divina, como os antigos guerreiros se metiam dentro da sua armadura: aquele Ecce ego, quia vocasti me - conta comigo, porque me chamaste - é a nossa defesa. Não devemos afastar-nos de Deus por termos descoberto as nossas fragilidades; temos que atacar as misérias, precisamente porque Deus confia em nós.

Como conseguiremos vencer essas ruindades? Insisto, porque é de importância capital: com humildade e com sinceridade na direção espiritual e no Sacramento da Penitência. Ide aos que orientam as vossas almas com o coração aberto; não o fecheis, porque se se introduz o demônio mudo, é muito difícil tirá-lo.

Perdoai a minha teima, mas julgo imprescindível que se grave a fogo nas vossas inteligências que a humildade e - sua consequência imediata - a sinceridade enfeixam os outros meios e se revelam como algo que estabelece as bases da eficácia para a vitória. Se o demônio mudo se introduz numa alma, deita tudo a perder; em contrapartida, se o expulsamos imediatamente, tudo corre bem, somos felizes, a vida desenvolve-se retamente. Sejamos sempre selvagemente sinceros, embora com prudente educação.

Quero que este ponto fique claro: não me preocupam tanto o coração e a carne como a soberba. Humildes. Quando pensardes que tendes toda a razão, não tendes razão nenhuma. Ide à direção espiritual com a alma aberta; não a fecheis, porque - repito - mete-se o demônio mudo, que é difícil de tirar.

Lembrai-vos daquele pobre endemoninhado que os discípulos não conseguiram libertar; só o Senhor lhe obteve a liberdade, com oração e jejum. Naquela ocasião, o Mestre fez três milagres: primeiro, que aquele homem ouvisse, porque quando nos domina o demônio mudo, a alma nega-se a ouvir; segundo, que falasse; e terceiro, que o diabo se fosse. (Amigos de Deus, nn. 187-188)