30 de janeiro de 2017 Notícias, Notícias da Igreja
Segundo o ACI Digital (28/01/2017), “Não sou um herói”, escreveu a holandesa Miep Gies na primeira frase do prólogo do livro que escreveu sobre suas experiências ao dar refúgio a Anne Frank e sua família durante o holocausto na Segunda Guerra Mundial, acontecimento que deixou milhões de mortos vítimas do extermínio nazista.
No ‘Diário de Anne Frank’, que se tornou um “best seller” com valor histórico, a adolescente recorda os 25 meses que permaneceu escondida dos nazistas em um sótão em Amsterdã (Holanda), até que as tropas alemãs a encontraram em 1944 e a enviaram ao campo de concentração de Bergen-Belsen (Alemanha), onde morreu de tifo aos 15 anos.
“Nunca pronunciaram uma única palavra sobre o fardo que devemos ser”, escreveu Anne Frank sobre Miep Gies em seu diário.
Em um artigo do ‘The Jerusalem Post’, destacaram a coragem de Gies, a holandesa católica cujas boas ações durante o holocausto são recordadas até hoje.
Miep Gies era membro de uma família operária em Viena (Áustria) durante e depois da Primeira Guerra Mundial, mas tinham o suficiente para comer.
Por isso, em 1920, foi oferecido a Miep mudar-se para os Países Baixos, em virtude de um programa de ajuda da associação holandesa de trabalhadores para ajudar crianças desnutridas depois da guerra. Em dezembro do mesmo ano, chegou a Leiden e foi acolhida por uma família cristã.
“A amabilidade, em meu estado de esgotamento, era muito importante para mim. Era remédio tanto como o pão, a geleia, o leite holandês e a manteiga com queijo, como a temperatura agradável das habitações”, escreveu Gies em seu livro “Anne Frank recordada: A história da mulher que ajudou a ocultar a família Frank”.
A pouca condição física de Gies fez com que permanecesse nos Países Baixos além da data estabelecida. Mas, com a permissão da família adotiva e dos seus pais, decidiu permanecer no país até a fase adulta.
Quando procurava emprego durante a Grande Depressão, em 1933, Gies encontrou um trabalho com um homem de negócios suíço-alemão vendendo pectina para fazer geleia. Seu nome era Otto Frank, o pai da famosa Anne Frank.
Gies e seu futuro esposo se tornaram amigos da família Frank, convidando-os com frequência. E quando chegou o dia do seu casamento, Otto organizou uma pequena festa para que os dois pudessem viver aquela celebração que deveriam ter, se não fosse pela ocupação nazista. E quando chegou o momento para que Gies retribuísse a bondade ao seu chefe e à família dele, a resposta foi um “sim” imediato.
“Sentimos uma preocupação profunda pelos nossos amigos judeus. Tive um sentimento de pena. Como fomos tão ingênuos a ponto de pensar que a nossa neutralidade seria respeitada por um homem imoral como Adolfo Hitler? Quando o Sr. Frank me contou sobre o plano de refúgio, naquela mesma noite contei a Henk (seu esposo) sobre a nossa conversa. Sem discussão, Henk ofereceu a sua ajuda incondicional”, escreveu Gies em seu livro.
Gies e seus outros conhecidos holandeses conseguiram sustentar a família Frank nas instalações da companhia onde trabalhavam. Mas, no dia 4 de agosto de 1944, um oficial da S.S. os prendeu e Otto foi o único deportado judeu que sobreviveu.
Naquele tempo, Anne Frank foi capaz de discernir quão amáveis eram seus colaboradores holandeses.
“Nunca pronunciaram uma única palavra sobre o fardo que devemos ser, nunca se queixaram de que damos muito trabalho. […] trazem flores e presentes nos dias de aniversário e datas festivas, estão sempre prontos para ajudar em tudo o que estiver ao seu alcance, coisas que jamais deveremos esquecer. Alguns mostram seu heroísmo lutando contra os alemães; nossos benfeitores revelam o seu dando-nos alegria e carinho”, foram as palavras de Anne Frank em seu diário.
Depois da guerra, Gies recolheu os escritos de Anne com a esperança de entrega-los. Entretanto, a menina já tinha falecido no campo de concentração. Finalmente, entregou os escritos ao seu pai Otto, que sobreviveu à guerra e os recopilou no famoso livro publicano pela primeira vez em 1947.
Gies foi honrada com o título “Justos entre as Nações” em 8 de março de 1972. Faleceu aos 100 anos no dia 11 de janeiro de 2000.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/ela-e-a-mulher-catolica-que-ocultou-anne-frank-na-segunda-guerra-mundial-76357/
No ‘Diário de Anne Frank’, que se tornou um “best seller” com valor histórico, a adolescente recorda os 25 meses que permaneceu escondida dos nazistas em um sótão em Amsterdã (Holanda), até que as tropas alemãs a encontraram em 1944 e a enviaram ao campo de concentração de Bergen-Belsen (Alemanha), onde morreu de tifo aos 15 anos.
“Nunca pronunciaram uma única palavra sobre o fardo que devemos ser”, escreveu Anne Frank sobre Miep Gies em seu diário.
Em um artigo do ‘The Jerusalem Post’, destacaram a coragem de Gies, a holandesa católica cujas boas ações durante o holocausto são recordadas até hoje.
Miep Gies era membro de uma família operária em Viena (Áustria) durante e depois da Primeira Guerra Mundial, mas tinham o suficiente para comer.
Por isso, em 1920, foi oferecido a Miep mudar-se para os Países Baixos, em virtude de um programa de ajuda da associação holandesa de trabalhadores para ajudar crianças desnutridas depois da guerra. Em dezembro do mesmo ano, chegou a Leiden e foi acolhida por uma família cristã.
“A amabilidade, em meu estado de esgotamento, era muito importante para mim. Era remédio tanto como o pão, a geleia, o leite holandês e a manteiga com queijo, como a temperatura agradável das habitações”, escreveu Gies em seu livro “Anne Frank recordada: A história da mulher que ajudou a ocultar a família Frank”.
A pouca condição física de Gies fez com que permanecesse nos Países Baixos além da data estabelecida. Mas, com a permissão da família adotiva e dos seus pais, decidiu permanecer no país até a fase adulta.
Quando procurava emprego durante a Grande Depressão, em 1933, Gies encontrou um trabalho com um homem de negócios suíço-alemão vendendo pectina para fazer geleia. Seu nome era Otto Frank, o pai da famosa Anne Frank.
Gies e seu futuro esposo se tornaram amigos da família Frank, convidando-os com frequência. E quando chegou o dia do seu casamento, Otto organizou uma pequena festa para que os dois pudessem viver aquela celebração que deveriam ter, se não fosse pela ocupação nazista. E quando chegou o momento para que Gies retribuísse a bondade ao seu chefe e à família dele, a resposta foi um “sim” imediato.
“Sentimos uma preocupação profunda pelos nossos amigos judeus. Tive um sentimento de pena. Como fomos tão ingênuos a ponto de pensar que a nossa neutralidade seria respeitada por um homem imoral como Adolfo Hitler? Quando o Sr. Frank me contou sobre o plano de refúgio, naquela mesma noite contei a Henk (seu esposo) sobre a nossa conversa. Sem discussão, Henk ofereceu a sua ajuda incondicional”, escreveu Gies em seu livro.
Gies e seus outros conhecidos holandeses conseguiram sustentar a família Frank nas instalações da companhia onde trabalhavam. Mas, no dia 4 de agosto de 1944, um oficial da S.S. os prendeu e Otto foi o único deportado judeu que sobreviveu.
Naquele tempo, Anne Frank foi capaz de discernir quão amáveis eram seus colaboradores holandeses.
“Nunca pronunciaram uma única palavra sobre o fardo que devemos ser, nunca se queixaram de que damos muito trabalho. […] trazem flores e presentes nos dias de aniversário e datas festivas, estão sempre prontos para ajudar em tudo o que estiver ao seu alcance, coisas que jamais deveremos esquecer. Alguns mostram seu heroísmo lutando contra os alemães; nossos benfeitores revelam o seu dando-nos alegria e carinho”, foram as palavras de Anne Frank em seu diário.
Depois da guerra, Gies recolheu os escritos de Anne com a esperança de entrega-los. Entretanto, a menina já tinha falecido no campo de concentração. Finalmente, entregou os escritos ao seu pai Otto, que sobreviveu à guerra e os recopilou no famoso livro publicano pela primeira vez em 1947.
Gies foi honrada com o título “Justos entre as Nações” em 8 de março de 1972. Faleceu aos 100 anos no dia 11 de janeiro de 2000.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/ela-e-a-mulher-catolica-que-ocultou-anne-frank-na-segunda-guerra-mundial-76357/
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