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Sinopse: Se passaram três anos da lendária missão de cinco anos da USS Enterprise. Capitão Kirk (Chris Pine) começa a questionar o motivo de se juntar à frota estelar e Spock (Zachary Quinto) também passa por uma crise existencial. Enquanto ambos tomam atitudes para mudar o rumo de suas vidas em breve, um pedido de socorro os obriga a sair em uma última missão, mas com consequências desastrosas.
Chegamos ao terceiro filme da franquia Star Trek com a nova roupagem trazida por JJ Abrams em 2009, e encontramos o mesmo tipo de aventura dos dois anteriores e uma discussão moral acerca da união entre os povos como instrumento de paz.
Esse tema é recorrente nos filmes de Star Trek, até porque faz parte do objetivo da Federação dos Planetas Unidos: promover os valores da liberdade, igualdade, paz e cooperação entre os seus membros.
Esta união é essencial para que se evite que o individualismo não isole cada um, da mesma forma que nos alertou o Papa Francisco em sua mensagem por ocasião do XXXVII Meeting papa a amizade entre os povos:
“Ao contrário, o individualismo afasta das pessoas, realçando sobretudo os seus limites e defeitos, enfraquecendo o desejo e a capacidade de uma convivência na qual cada um possa ser livre e feliz em companhia dos outros com a riqueza da sua diversidade.”
É claro que esta união não pode ser usada para suprimir as diferenças entre os povos, mas para que estes saibam conviver de acordo com as diversidades, entre elas, as diferenças religiosas. O Papa Bento XVI, em mensagem pela celebração do XLIV Dia Mundial da Paz, destacou a importância da união da política e diplomacia para se promover a verdade moral no mundo:
“A política e a diplomacia deveriam olhar para o patrimônio moral e espiritual oferecido pelas grandes religiões do mundo, para reconhecer e afirmar verdades, princípios e valores universais que não podem ser negados sem, com os mesmos, negar-se a dignidade da pessoa humana. Mas, em termos práticos, que significa promover a verdade moral no mundo da política e da diplomacia? Quer dizer agir de maneira responsável com base no conhecimento objectivo e integral dos factos; quer dizer desmantelar ideologias políticas que acabam por suplantar a verdade e a dignidade humana e pretendem promover pseudo-valores com o pretexto da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos; quer dizer favorecer um empenho constante de fundar a lei positiva sobre os princípios da lei natural.”
Não há como se pensar em união entre os povos sem se respeitar suas individualidades e a liberdade religiosa, demostrará a força da humanidade no combate de tantos males que a assola.
É claro que essa discussão do filme (união faz a força) não alcança a profundidade que os antigos filmes e o seriado da década de 60 traziam, mas nos ajuda a pensar sobre este assunto, o que devemos fazer sob a luz do Evangelho e orientação da Santa Mãe Igreja.
Passado este ponto, há uma discussão sobre o fato de transformarem um personagem clássico em homossexual, e cremos que valha a pena falar sobre isso trazendo algo escrito em outro local.
Quando a série de TV nasceu em 1967, além da discussão científica que o criador Gene Roddenberry tinha como objetivo, teve um papel importante o fato de colocar a primeira mulher negra em um papel de grande relevância na televisão, algo que, para a época, nos Estados Unidos, era algo muito desafiador, sendo este mais um dos motivos que tornou o seriado um grande marco.
Da mesma forma, segundo George Takei (ator que interpretou o tenente Hikaru Sulu no seriado e nos primeiros filmes da franquia), era a intenção de Roddenberry colocar um personagem homossexual, não o fazendo porque acreditava que não seria o melhor momento para isso.
Pois bem, este novo filme traz um personagem que é homossexual e o escolhido foi… o tenente Hikaru Sulu. A escolha deste personagem foi como uma homenagem ao ator George Takei, que é homossexual, mas o que não esperavam é que o homenageado dissesse que não achou uma boa ideia, se posicionando assim porque estavam mudando a caracterização de um personagem que foi criado por Roddenberry como heterossexual.
O que está incomodando a muitos é a mania atual do cinema de que os filmes devem cumprir as “cotas” para se ter as “minorias” todas ao mesmo tempo, muitas vezes forçando a existência de um personagem ou de uma situação só para agradar seja lá quem for. Este é o caso que se vê neste filme, já que resolveram mudar um personagem para homenagear um ator e, para isso, forçam uma mudança desnecessária em um personagem.
É uma cena rápida que, segundo George Takei, se você piscar não nota (inclusive ele clamou de”sussurro de cena”). Para ele, teria sido melhor criarem um novo personagem em vez do que fizeram.
Este “detalhe”, que inclusive desagradou muito fãs (os conhecidos “trekkers“), não afeta de forma nenhuma o filme, que vale a pena ser visto se possível no cinema.
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