Em nosso meio estamos mais habituados ao terço: uma terça parte do rosário,apenas 50 ave-marias. Em sua Carta, o Santo Padre proclamou o período de outubro deste ano até outubro de 2003 como o Ano do Rosário. Ele também convidou os cristãos a buscarem profundo sentido na hora de rezar: “Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas e de vir a achar-se em contradição com a advertência de Jesus: “Na oração não multipliqueis as palavras como os gentios, que imaginam serem ouvidos graças à sua verbosidade” (Mt 6, 7)” . Foi, porém, a inserção de cinco novos mistérios na estrutura do rosário que ganhou maior notícia na imprensa mundial. Para reforçar o aspecto cristológico do Rosário, o Sumo Pontífice fez uma inserção que pretende abraçar também os mistérios da vida pública de Cristo. Chamou-os de mistérios luminosos. “É nos anos da vida pública que o mistério de Cristo se mostra de forma especial como mistério de luz: « Enquanto estou no mundo, sou a Luz do mundo » (Jo 9, 5)”. Enquanto “compêndio do Evangelho”, é conveniente que o rosário, depois de recordar a encarnação e a vida oculta de Cristo (mistérios da alegria), e antes de se deter nos sofrimentos da paixão (mistérios da dor), e no triunfo da ressurreição (mistérios da glória), a meditação se concentre também sobre alguns momentos significativos da vida pública (mistérios da luz). São cinco momentos significativos desta fase da vida de Cristo, que o Papa propõe à meditação cristã: 1o no seu Batismo no Jordão, 2o na sua auto-revelação nas bodas de Caná, 3o no seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão, 4o na sua Transfiguração e, enfim, 5o na instituição da Eucaristia. O sucessor do Apóstolo Pedro sugeriu que os mistérios gozosos sejam recitados nas segundas e sábados, os mistérios dolorosos na terça e na sexta, os mistérios luminosos sejam rezados na quinta e, quarta e domingo, medita-se os mistérios gloriosos. Esta proposta, entretanto, não limita a liberdade de opção na forma de rezar o rosário, seja pessoal ou comunitariamente. Sobre a importância dessa oração para a paz e pelo bem das famílias, a Carta Rosarium Virginis Mariae destaca: “A Igreja reconheceu sempre uma eficácia particular ao Rosário, confiando-lhe, as causas mais difíceis. (...)À eficácia desta oração, confio de bom grado hoje a causa da paz no mundo e a causa da família. Rezar o Rosário pelos filhos e, mais ainda, com os filhos, educando-os desde tenra idade para este momento diário de “paragem orante” da família, não traz por certo a solução de todos os problemas, mas é uma ajuda espiritual que não se deve subestimar. Pode-se objetar que o Rosário parece uma oração pouco adaptada ao gosto das crianças e jovens de hoje. Mas a objeção parte talvez da forma muitas vezes pouco cuidada de o rezar. Ora, ressalvada a sua estrutura fundamental, nada impede que a recitação do Rosário para crianças e jovens, tanto em família como nos grupos, seja enriquecida com atrativos simbólicos e práticos, que favoreçam a sua compreensão e valorização. Por que não tentar?” Leomar Antonio Brustolin Pároco da Catedral de Caxias do Sul Doutor em Teologia
sábado, 6 de fevereiro de 2016
Rosário: Por que não tentar?
Em nosso meio estamos mais habituados ao terço: uma terça parte do rosário,apenas 50 ave-marias. Em sua Carta, o Santo Padre proclamou o período de outubro deste ano até outubro de 2003 como o Ano do Rosário. Ele também convidou os cristãos a buscarem profundo sentido na hora de rezar: “Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas e de vir a achar-se em contradição com a advertência de Jesus: “Na oração não multipliqueis as palavras como os gentios, que imaginam serem ouvidos graças à sua verbosidade” (Mt 6, 7)” . Foi, porém, a inserção de cinco novos mistérios na estrutura do rosário que ganhou maior notícia na imprensa mundial. Para reforçar o aspecto cristológico do Rosário, o Sumo Pontífice fez uma inserção que pretende abraçar também os mistérios da vida pública de Cristo. Chamou-os de mistérios luminosos. “É nos anos da vida pública que o mistério de Cristo se mostra de forma especial como mistério de luz: « Enquanto estou no mundo, sou a Luz do mundo » (Jo 9, 5)”. Enquanto “compêndio do Evangelho”, é conveniente que o rosário, depois de recordar a encarnação e a vida oculta de Cristo (mistérios da alegria), e antes de se deter nos sofrimentos da paixão (mistérios da dor), e no triunfo da ressurreição (mistérios da glória), a meditação se concentre também sobre alguns momentos significativos da vida pública (mistérios da luz). São cinco momentos significativos desta fase da vida de Cristo, que o Papa propõe à meditação cristã: 1o no seu Batismo no Jordão, 2o na sua auto-revelação nas bodas de Caná, 3o no seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão, 4o na sua Transfiguração e, enfim, 5o na instituição da Eucaristia. O sucessor do Apóstolo Pedro sugeriu que os mistérios gozosos sejam recitados nas segundas e sábados, os mistérios dolorosos na terça e na sexta, os mistérios luminosos sejam rezados na quinta e, quarta e domingo, medita-se os mistérios gloriosos. Esta proposta, entretanto, não limita a liberdade de opção na forma de rezar o rosário, seja pessoal ou comunitariamente. Sobre a importância dessa oração para a paz e pelo bem das famílias, a Carta Rosarium Virginis Mariae destaca: “A Igreja reconheceu sempre uma eficácia particular ao Rosário, confiando-lhe, as causas mais difíceis. (...)À eficácia desta oração, confio de bom grado hoje a causa da paz no mundo e a causa da família. Rezar o Rosário pelos filhos e, mais ainda, com os filhos, educando-os desde tenra idade para este momento diário de “paragem orante” da família, não traz por certo a solução de todos os problemas, mas é uma ajuda espiritual que não se deve subestimar. Pode-se objetar que o Rosário parece uma oração pouco adaptada ao gosto das crianças e jovens de hoje. Mas a objeção parte talvez da forma muitas vezes pouco cuidada de o rezar. Ora, ressalvada a sua estrutura fundamental, nada impede que a recitação do Rosário para crianças e jovens, tanto em família como nos grupos, seja enriquecida com atrativos simbólicos e práticos, que favoreçam a sua compreensão e valorização. Por que não tentar?” Leomar Antonio Brustolin Pároco da Catedral de Caxias do Sul Doutor em Teologia
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