A esposa se tornou freira. O rastafári se tornou sacerdote
Por Luca Marcolivio
Roma, 29 de Maio de 2015 (ZENIT.org)
Pode-se levar durante anos uma vida "normal", caracterizada por uma fé "morna" ou quase inexistente, até que acontece o encontro por excelência: o encontro com Jesus Cristo, que realiza coisas nunca antes imaginadas. Ao mesmo tempo, é um encontro que nos torna nós mesmos e mais felizes do que nunca.
Este é o significado das histórias de vocações publicadas no livro “Stravolti da Cristo”, publicado na Itália por Emanuele Lombardini, com prefácio de dom Nico Dal Molin, diretor da pastoral vocacional da Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Alguns testemunhos apresentados no livro foram relatados pelos próprios protagonistas num encontro organizado nesta semana pelo Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, em Roma.
Acolher a vocação pessoal, disse Dal Molin na apresentação do livro, implica uma "descentralização de nós mesmos" e um desafio à "nossa cultura narcisista". Escolher a vida religiosa pode levar a um sofrimento inicial, mas, no longo prazo, "sempre compensa", frisou.
Refletindo sobre o significado da vocação, Dal Molin lembrou que "o discernimento nunca é fácil" e "não tem nada a ver com as ‘ideias claras e distintas’ de Descartes". Ao acolher a sua vocação religiosa, um jovem encontra a coragem de "ir além da lógica das certezas, mas com um ‘mínimo denominador comum’ que é a paz consigo mesmo e a bem-aventurança no sentido evangélico do termo", acrescentou o responsável vocacional da CEI.
Um testemunho comovente foi a da irmã Maria Chiara della Trinità, da congregação das Filhas da Igreja, que disse ter recebido uma "dupla vocação", com "duas respostas": primeiro como esposa, depois como religiosa.
Viúva há 12 anos, Maria Chiara compreendeu que a sua primeira vocação "foi interrompida, mas o seu término foi um novo começo". Em 2 de julho de 2003, quando o marido morreu de repente, Maria Chiara já sabia que Deus fazia parte da sua estrada, mas, naquela noite terrível, lançou quase um grito a Jesus: "O que queres de mim?".
"Eu tinha um emprego estável nos Correios e a oportunidade de fazer carreira, mas entendi que essa atividade não representava a plenitude da minha vida. Eu tinha que fazer uma escolha diferente", disse a freira. "Não há vida sem dificuldades. A minha vida adotou uma perspectiva maior, numa família maior".
Também com suas peculiaridades, a história da vocação do irmão Francesco Picaro, 31, seminarista legionário de Cristo, começou aos 13 anos, logo após a confirmação - que ele chama de "sacramento da despedida": ele se afastou da vida sacramental, começou a ter amigos alheios à paróquia, passou a usar dreadlocks e preferiu as quadras de basquete ao oratório. Com cerca de 16 anos, no entanto, o rapaz sentiu um desejo intenso de Deus, um desejo de "viver a Páscoa de um jeito diferente". Após o Tríduo Pascal que passou com os missionários combonianos, ele voltou para casa com uma "grande alegria".
Poucos meses depois, Francesco perdeu a mãe. Sua morte o fez questionar cada vez mais o sentido da existência e o levou a recomeçar uma relação com Deus. Durante quatro anos, participou de atividades com as crianças da primeira comunhão e fez o pós-crisma. Era uma vida semelhante à de muitos outros católicos de seus vinte e poucos anos: a paróquia, os estudos, os amigos, a namorada. Uma vida virtuosa, mas ainda sem plano algum de se tornar sacerdote. "Só que eu sentia que uma pessoa me chamava. Era Jesus. Quando a minha vocação ficou clara, eu falei com todos os meus amigos e eles não deram bola. Já a minha namorada encarou a notícia com mais ‘filosofia’ e me disse: ‘Bom, parece que Deus tem os mesmos gostos que eu...’".
Também participou da apresentação do livro o reitor do ateneu Regina Apostolorum, pe. Jesus Villagrasa, LC, que destacou a importância de compartilhar a própria história vocacional. "Para os jovens sacerdotes, é muito bom ver a mão de Deus nos carismas e apresentar o Cristo vivo e eficaz na vida das pessoas".
Este é o significado das histórias de vocações publicadas no livro “Stravolti da Cristo”, publicado na Itália por Emanuele Lombardini, com prefácio de dom Nico Dal Molin, diretor da pastoral vocacional da Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Alguns testemunhos apresentados no livro foram relatados pelos próprios protagonistas num encontro organizado nesta semana pelo Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, em Roma.
Acolher a vocação pessoal, disse Dal Molin na apresentação do livro, implica uma "descentralização de nós mesmos" e um desafio à "nossa cultura narcisista". Escolher a vida religiosa pode levar a um sofrimento inicial, mas, no longo prazo, "sempre compensa", frisou.
Refletindo sobre o significado da vocação, Dal Molin lembrou que "o discernimento nunca é fácil" e "não tem nada a ver com as ‘ideias claras e distintas’ de Descartes". Ao acolher a sua vocação religiosa, um jovem encontra a coragem de "ir além da lógica das certezas, mas com um ‘mínimo denominador comum’ que é a paz consigo mesmo e a bem-aventurança no sentido evangélico do termo", acrescentou o responsável vocacional da CEI.
Um testemunho comovente foi a da irmã Maria Chiara della Trinità, da congregação das Filhas da Igreja, que disse ter recebido uma "dupla vocação", com "duas respostas": primeiro como esposa, depois como religiosa.
Viúva há 12 anos, Maria Chiara compreendeu que a sua primeira vocação "foi interrompida, mas o seu término foi um novo começo". Em 2 de julho de 2003, quando o marido morreu de repente, Maria Chiara já sabia que Deus fazia parte da sua estrada, mas, naquela noite terrível, lançou quase um grito a Jesus: "O que queres de mim?".
"Eu tinha um emprego estável nos Correios e a oportunidade de fazer carreira, mas entendi que essa atividade não representava a plenitude da minha vida. Eu tinha que fazer uma escolha diferente", disse a freira. "Não há vida sem dificuldades. A minha vida adotou uma perspectiva maior, numa família maior".
Também com suas peculiaridades, a história da vocação do irmão Francesco Picaro, 31, seminarista legionário de Cristo, começou aos 13 anos, logo após a confirmação - que ele chama de "sacramento da despedida": ele se afastou da vida sacramental, começou a ter amigos alheios à paróquia, passou a usar dreadlocks e preferiu as quadras de basquete ao oratório. Com cerca de 16 anos, no entanto, o rapaz sentiu um desejo intenso de Deus, um desejo de "viver a Páscoa de um jeito diferente". Após o Tríduo Pascal que passou com os missionários combonianos, ele voltou para casa com uma "grande alegria".
Poucos meses depois, Francesco perdeu a mãe. Sua morte o fez questionar cada vez mais o sentido da existência e o levou a recomeçar uma relação com Deus. Durante quatro anos, participou de atividades com as crianças da primeira comunhão e fez o pós-crisma. Era uma vida semelhante à de muitos outros católicos de seus vinte e poucos anos: a paróquia, os estudos, os amigos, a namorada. Uma vida virtuosa, mas ainda sem plano algum de se tornar sacerdote. "Só que eu sentia que uma pessoa me chamava. Era Jesus. Quando a minha vocação ficou clara, eu falei com todos os meus amigos e eles não deram bola. Já a minha namorada encarou a notícia com mais ‘filosofia’ e me disse: ‘Bom, parece que Deus tem os mesmos gostos que eu...’".
Também participou da apresentação do livro o reitor do ateneu Regina Apostolorum, pe. Jesus Villagrasa, LC, que destacou a importância de compartilhar a própria história vocacional. "Para os jovens sacerdotes, é muito bom ver a mão de Deus nos carismas e apresentar o Cristo vivo e eficaz na vida das pessoas".
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