Reflexões do Pe. Anderson Alves, Doutor em filosofia na Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma e professor na Universidade Católica de Petrópolis, Brasil.
Por Pe. Anderson Alves
Rio de Janeiro, Região Sudeste, Brasil, 12 de Junho de 2015 (ZENIT.org)
Dissemos anteriormente (cfr. aqui) que a noção de “semelhança” é mais fundamental do que a de “imagem" . Perguntamo-nos agora se todos os seres foram criados à imagem e semelhança de Deus ou apenas o homem.
Segundo Santo Tomás para algo possuir a “imagem” de Deus não basta ter qualquer “semelhança” com Ele, mas de algo que seja específico daquela coisa e de Deus mesmo. O que é específico de Deus e de outros seres feitos à sua imagem é a natureza intelectual. De modo que os homens e também os anjos foram criados “à imagem e semelhança de Deus”. As outras criaturas são semelhantes a Deus enquanto existem; outros seres são mais semelhantes, porque além de existir vivem: esses são os animais. Finalmente, estão as criaturas que existem, vivem e também sabem ou entendem. Essas são os homens e os anjos. Somente as últimas foram feitas à imagem de Deus.
Enquanto possuem uma natureza intelectual superior aos homens, os anjos são mais imagens de Deus do que os homens. Porém, segundo algumas características secundárias, o homem é mais imagem de Deus do que os anjos. De fato, o homem reflete algo que os anjos não podem: pois os homens procedem de outros homens, assim como Deus Filho procede de Deus Pai; e a alma humana está presente em todo o corpo, assim como Deus está presente em todo o mundo. Os anjos, por sua vez, não se reproduzem, uma vez que foram criados por Deus diretamente. Um anjo não procede de outro anjo, assim como Jesus procede do Pai e como um homem procede de outro. Uma parte dos anjos se perverteu: esses são os anjos maus, também chamados de demônios. Eles não podem jamais se converter, nem se reproduzir. Isso explica o terrível ódio e inveja deles pelas famílias, as quais são imagem do Deus Uno e Trino.
Segundo esses aspectos secundários (reprodução e onipresença da alma no corpo como Deus é onipresente no mundo), juntamente com o aspecto essencial do homem, ou seja, a racionalidade, a “imagem” se dá mais perfeitamente no homem do que nos anjos. Sem a racionalidade, de fato, os ditos elementos secundários não seriam motivo para o homem ser considerado feito “à imagem e semelhança de Deus”, pois também os animais se reproduzem e possuem almas sensitivas presentes em todas as partes do seu corpo.
Portanto, não só os homens foram criados “à imagem e semelhança de Deus”, mas também os anjos, criaturas intelectuais puras. As criaturas irracionais possuem semelhanças com Deus, mas não foram feitas à sua imagem. Os anjos representam a Deus mais do que os homens enquanto têm uma natureza intelectual mais perfeita, e os homens representam mais perfeitamente a Deus do que os anjos por poderem gerar famílias e terem uma alma presente em todas as partes do seu corpo. A afirmação de que o homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus” significa assim que o homem resume o que há de mais perfeito na criação: a natureza espiritual (comum aos anjos) e a natureza material. O homem é a síntese da criação, um “microcosmos” e essa é a fonte de sua altíssima dignidade.
Segundo Santo Tomás para algo possuir a “imagem” de Deus não basta ter qualquer “semelhança” com Ele, mas de algo que seja específico daquela coisa e de Deus mesmo. O que é específico de Deus e de outros seres feitos à sua imagem é a natureza intelectual. De modo que os homens e também os anjos foram criados “à imagem e semelhança de Deus”. As outras criaturas são semelhantes a Deus enquanto existem; outros seres são mais semelhantes, porque além de existir vivem: esses são os animais. Finalmente, estão as criaturas que existem, vivem e também sabem ou entendem. Essas são os homens e os anjos. Somente as últimas foram feitas à imagem de Deus.
Enquanto possuem uma natureza intelectual superior aos homens, os anjos são mais imagens de Deus do que os homens. Porém, segundo algumas características secundárias, o homem é mais imagem de Deus do que os anjos. De fato, o homem reflete algo que os anjos não podem: pois os homens procedem de outros homens, assim como Deus Filho procede de Deus Pai; e a alma humana está presente em todo o corpo, assim como Deus está presente em todo o mundo. Os anjos, por sua vez, não se reproduzem, uma vez que foram criados por Deus diretamente. Um anjo não procede de outro anjo, assim como Jesus procede do Pai e como um homem procede de outro. Uma parte dos anjos se perverteu: esses são os anjos maus, também chamados de demônios. Eles não podem jamais se converter, nem se reproduzir. Isso explica o terrível ódio e inveja deles pelas famílias, as quais são imagem do Deus Uno e Trino.
Segundo esses aspectos secundários (reprodução e onipresença da alma no corpo como Deus é onipresente no mundo), juntamente com o aspecto essencial do homem, ou seja, a racionalidade, a “imagem” se dá mais perfeitamente no homem do que nos anjos. Sem a racionalidade, de fato, os ditos elementos secundários não seriam motivo para o homem ser considerado feito “à imagem e semelhança de Deus”, pois também os animais se reproduzem e possuem almas sensitivas presentes em todas as partes do seu corpo.
Portanto, não só os homens foram criados “à imagem e semelhança de Deus”, mas também os anjos, criaturas intelectuais puras. As criaturas irracionais possuem semelhanças com Deus, mas não foram feitas à sua imagem. Os anjos representam a Deus mais do que os homens enquanto têm uma natureza intelectual mais perfeita, e os homens representam mais perfeitamente a Deus do que os anjos por poderem gerar famílias e terem uma alma presente em todas as partes do seu corpo. A afirmação de que o homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus” significa assim que o homem resume o que há de mais perfeito na criação: a natureza espiritual (comum aos anjos) e a natureza material. O homem é a síntese da criação, um “microcosmos” e essa é a fonte de sua altíssima dignidade.
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