E o patriarca armênio anuncia que serão declaradas mártires as vítimas do genocídio que aceitaram a morte com atitude cristã
Por Sergio Mora
CIDADE DO VATICANO, 13 de Abril de 2015 (Zenit.org) - O papa Francisco proclamou o armênio São Gregório de Narek, neste domingo, como doutor da Igreja universal. A missa celebrada na basílica de São Pedro, no Vaticano, recordou os 100 anos do genocídio armênio. A capa do livreto da celebração litúrgica entregue aos fiéis presentes dizia “Santa missa pelo centenário dos mártires armênios”.
Presidida pelo papa Francisco, a eucaristia foi concelebrada por sua Beatitude Nerses Bedros XIX Tarmouni, patriarca da Cilícia dos armênios católicos, com a presença de sua Santidade Karekin II, supremo patriarca e katholikós de todos os armênios, e de sua Santidade Aram I, katholikós da Grande Casa da Cilícia. Também estava presente na basílica o presidente da República da Armênia, Ser Sargsyan, bem como diversas outras autoridades.
Durante a entrada dos celebrantes e ao longo da santa missa deste Domingo da Divina Misericórdia, diversos hinos armênios foram cantados por dois corais: o do patriarcado de Beirute e o da Armênia. Foi tocado, ainda, um instrumento típico chamado “duduk”. A um lado do altar estava uma imagem da Virgem Maria e, do outro, o ícone de São Gregório de Narek.
No início da celebração, o Santo Padre leu um texto em que definiu o massacre contra os armênios, cometido pelos turcos, como o primeiro genocídio do século XX.
“No século passado”, disse o papa Francisco, “a nossa humanidade viveu três grandes tragédias sem precedentes: a primeira, geralmente considerada ‘o primeiro genocídio do século XX’, atingiu o povo armênio, a primeira nação cristã, junto com os católicos e os ortodoxos sírios, assírios, caldeus e gregos. Foram assassinados bispos, sacerdotes, religiosos, mulheres, homens, idosos e crianças, inclusive doentes indefesos. Os outros dois foram perpetrados pelo nazismo e pelo stalinismo”.
Antes do início dos ritos da eucaristia, foi lida uma solicitação: “Desde os primeiros séculos da era cristã, o Espírito Santo acendeu no Oriente numerosas estrelas”, santos que, com o exemplo da sua vida, favoreceram o caminho para “conhecer os mistérios de Deus e o encontro com Cristo”. Por isto, assim como há cem anos foi proclamado doutor da Igreja Universal outro filho da Igreja do Oriente, Santo Efrém, o Sírio († 373), foi solicitada “a atribuição do mesmo título a São Gregório de Narek, mestre e glória do povo armênio”.
O Santo Padre respondeu: “Nós, acolhendo o desejo de muitos Irmãos no episcopado e de tantos fiéis no mundo inteiro, depois de recebido o parecer da Congregação para as Causas dos Santos e de ter refletido durante muito tempo e alcançado o pleno e seguro convencimento a respeito, com a plena autoridade apostólica, declaramos São Gregório Narek doutor da Igreja Universal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O evangelho do segundo domingo de Páscoa foi lido em armênio, acompanhado por canto e incenso.
Em sua homilia, o pontífice disse: “Diante dos trágicos acontecimentos da história humana, nós nos sentimos às vezes abatidos e nos perguntamos: por quê? A maldade humana pode abrir no mundo abismos, grandes vazios: vazios de amor, vazios de bem, vazios de vida. E nos perguntamos: como podemos preencher esses abismos? Para nós é impossível; só Deus pode preencher esses vazios que o mal abre em nosso coração e em nossa história. É Jesus, que se fez homem e morreu na cruz, quem enche o abismo do pecado com o abismo da sua misericórdia”.
Ao término da missa, sua Beatitude Nerses Bedros XIX Tarmouni leu palavras de agradecimento, recordou o genocídio iniciado em 24 de abril de 1915 em que 1,5 milhão de armênios foram exterminados e disse que a Igreja armênia declarará mártires, em 23 de abril, todos aqueles que aceitaram a morte com atitude cristã.
Sua Santidade Karekin II, supremo patriarca e katholikós de todos os armênios, agradeceu pela oportunidade de visitar Roma junto com as autoridades e participar desta missa. Ele expressou a alegria do seu povo pela proclamação de São Gregório de Narek como doutor da Igreja. Sua Santidade Aram I, katholikós da Grande Casa da Cilícia, também pronunciou palavras de agradecimento e pediu justiça, já que o genocídio é crime contra a humanidade e os direitos humanos.
São Gregório de Narek nasceu em Andzevatsik, na Armênia, por volta do ano de 950, em uma família de literatos. Entrou ainda jovem no mosteiro de Narek, no mesmo país, onde existia uma célebre escola de Sagrada Escritura e de patrística. Lá passou a vida toda. Ordenado sacerdote, chegou à santidade e à experiência mística e deu demonstração da sua sabedoria em diversos escritos teológicos. Em 1003, escreveu a sua obra mais famosa: “O livro das lamentações”. Morreu em 1005 e seu túmulo se tornou meta de peregrinos, inclusive depois da conquista da Armênia pelos turcos em 1071. Durante o massacre dos anos de 1915 e 1916, foram destruídos o mosteiro e o túmulo.
Com São Gregório de Narek, são agora 36 os santos proclamados doutores da Igreja.
Presidida pelo papa Francisco, a eucaristia foi concelebrada por sua Beatitude Nerses Bedros XIX Tarmouni, patriarca da Cilícia dos armênios católicos, com a presença de sua Santidade Karekin II, supremo patriarca e katholikós de todos os armênios, e de sua Santidade Aram I, katholikós da Grande Casa da Cilícia. Também estava presente na basílica o presidente da República da Armênia, Ser Sargsyan, bem como diversas outras autoridades.
Durante a entrada dos celebrantes e ao longo da santa missa deste Domingo da Divina Misericórdia, diversos hinos armênios foram cantados por dois corais: o do patriarcado de Beirute e o da Armênia. Foi tocado, ainda, um instrumento típico chamado “duduk”. A um lado do altar estava uma imagem da Virgem Maria e, do outro, o ícone de São Gregório de Narek.
No início da celebração, o Santo Padre leu um texto em que definiu o massacre contra os armênios, cometido pelos turcos, como o primeiro genocídio do século XX.
“No século passado”, disse o papa Francisco, “a nossa humanidade viveu três grandes tragédias sem precedentes: a primeira, geralmente considerada ‘o primeiro genocídio do século XX’, atingiu o povo armênio, a primeira nação cristã, junto com os católicos e os ortodoxos sírios, assírios, caldeus e gregos. Foram assassinados bispos, sacerdotes, religiosos, mulheres, homens, idosos e crianças, inclusive doentes indefesos. Os outros dois foram perpetrados pelo nazismo e pelo stalinismo”.
Antes do início dos ritos da eucaristia, foi lida uma solicitação: “Desde os primeiros séculos da era cristã, o Espírito Santo acendeu no Oriente numerosas estrelas”, santos que, com o exemplo da sua vida, favoreceram o caminho para “conhecer os mistérios de Deus e o encontro com Cristo”. Por isto, assim como há cem anos foi proclamado doutor da Igreja Universal outro filho da Igreja do Oriente, Santo Efrém, o Sírio († 373), foi solicitada “a atribuição do mesmo título a São Gregório de Narek, mestre e glória do povo armênio”.
O Santo Padre respondeu: “Nós, acolhendo o desejo de muitos Irmãos no episcopado e de tantos fiéis no mundo inteiro, depois de recebido o parecer da Congregação para as Causas dos Santos e de ter refletido durante muito tempo e alcançado o pleno e seguro convencimento a respeito, com a plena autoridade apostólica, declaramos São Gregório Narek doutor da Igreja Universal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O evangelho do segundo domingo de Páscoa foi lido em armênio, acompanhado por canto e incenso.
Em sua homilia, o pontífice disse: “Diante dos trágicos acontecimentos da história humana, nós nos sentimos às vezes abatidos e nos perguntamos: por quê? A maldade humana pode abrir no mundo abismos, grandes vazios: vazios de amor, vazios de bem, vazios de vida. E nos perguntamos: como podemos preencher esses abismos? Para nós é impossível; só Deus pode preencher esses vazios que o mal abre em nosso coração e em nossa história. É Jesus, que se fez homem e morreu na cruz, quem enche o abismo do pecado com o abismo da sua misericórdia”.
Ao término da missa, sua Beatitude Nerses Bedros XIX Tarmouni leu palavras de agradecimento, recordou o genocídio iniciado em 24 de abril de 1915 em que 1,5 milhão de armênios foram exterminados e disse que a Igreja armênia declarará mártires, em 23 de abril, todos aqueles que aceitaram a morte com atitude cristã.
Sua Santidade Karekin II, supremo patriarca e katholikós de todos os armênios, agradeceu pela oportunidade de visitar Roma junto com as autoridades e participar desta missa. Ele expressou a alegria do seu povo pela proclamação de São Gregório de Narek como doutor da Igreja. Sua Santidade Aram I, katholikós da Grande Casa da Cilícia, também pronunciou palavras de agradecimento e pediu justiça, já que o genocídio é crime contra a humanidade e os direitos humanos.
São Gregório de Narek nasceu em Andzevatsik, na Armênia, por volta do ano de 950, em uma família de literatos. Entrou ainda jovem no mosteiro de Narek, no mesmo país, onde existia uma célebre escola de Sagrada Escritura e de patrística. Lá passou a vida toda. Ordenado sacerdote, chegou à santidade e à experiência mística e deu demonstração da sua sabedoria em diversos escritos teológicos. Em 1003, escreveu a sua obra mais famosa: “O livro das lamentações”. Morreu em 1005 e seu túmulo se tornou meta de peregrinos, inclusive depois da conquista da Armênia pelos turcos em 1071. Durante o massacre dos anos de 1915 e 1916, foram destruídos o mosteiro e o túmulo.
Com São Gregório de Narek, são agora 36 os santos proclamados doutores da Igreja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Acesse nosso programa semanal de rádio na Rádio Comunitária Caiense, das 12h30min às 14 horas e viva momentos de oração e alegria. A Rádio Comunitária Caiense fica na frequência 87.5 e você pode acessar o programa pelo computador, no site http://www.rcc.fm.br/! Esperamos você! Entre em contato pelo telefone também: (51) 3635-3152.