quinta-feira, 19 de março de 2015

Presidente do Equador diz que a abstinência evita a gravidez na adolescência

Correa apresenta as novas políticas afetivo-sexuais do Governo, em um país onde o 50 por cento das crianças são pais. Centra-se no papel da família e da formação nos valores
Por Redacao
ROMA, 03 de Março de 2015 (Zenit.org) - No Equador, o 50 por cento dos adolescentes são pais. Por esta razão, o presidente Rafael Correa sugeriu no último sábado a abstinência para evitar as gravidezes nas jovens mulheres. “Estão argumentando que quero impor crenças religiosas, porque coloco como alternativa a abstinência”, disse.
Durante o seu discurso, o presidente informou sobre o Plano Família Equador, que substitui a extinta Estratégia Nacional Inter-setorial de Planejamento Familiar e Prevenção de gravidezes em Adolescentes (Enipla). Seus pilares são: resgatar o papel da família como base da sociedade e primeira escola de valores humanos, e prevenir as gravidezes dos menores de idade.
O líder equatoriano lamentou que as medidas anteriores foram um fracasso. “Enipla cometeu excessos, foi contra a Constituição, as políticas do Governo e o presidente”, afirmou.
Correa também assegurou que promoveu o "hedonismo mais puro e mais vazio: o prazer pelo prazer” e provocou que os adolescentes, em vez de ir aos seus pais para ouvir sobre sexualidade, foram aos centros de saúde para procurar informação e métodos contraceptivos.
"A base da sociedade não é o centro de saúde, é a família", sublinhou. Neste sentido, destacou que a missão do novo plano será “dar educação e assessoria em afetividade e sexualidade tomando como ponto de partida a família e o desenvolvimento de todas as dimensões da pessoa”.

Segundo as estatísticas apresentadas pelo presidente do Equador, entre 2010 e 2014, a gravidez nas mulheres entre 15 e 19 anos diminuiu do 60,61 por cento para 56,08 por cento. No entanto, as gravidezes na adolescência entre 10 e 14 anos, subiram neste período do 1,98 por cento para 2,16 por cento.
Correa emitiu, no último 26 de novembro, um decreto eliminando a Enipla e colocando como responsável a sua assessora, Mônica Hernandez, para a elaboração das novas políticas sobre sexualidade no país. Um programa que será liderado pela Presidência.
O Plano Familiar do Equador tem previsto 8.400 oficinas, de oito horas, para 420 mil famílias. Também 40 horas de treinamento para os funcionários dos ministérios envolvidos no programa.
Também serão educados nos “valores, afetividade e sexualidade com foco na família” para 1,2 milhões de adolescentes e 1,7 milhões de crianças no país. O Governo prevê uma inversão de 32 milhões de dólares. A estratégia está explicada em um documento de 114 páginas.

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