terça-feira, 1 de abril de 2014

Leituras e comentário do dia

EVANGELHO QUOTIDIANO

Terça-feira da 4ª semana da Quaresma


Santo do dia : Santo Hugo de Grenoble, bispo, +1152

Livro de Ezequiel 47,1-9.12.

Naqueles dias, o anjo reconduziu-me à entrada do templo, e eis que saía água da sua parte subterrânea, em direcção ao oriente, porque o templo estava voltado para oriente. A água brotava da parte de baixo do lado direito do templo, a sul do altar.
Fez-me sair pelo pórtico setentrional e contornar o templo por fora, até ao pórtico exterior oriental; vi rebentar a água do lado direito.
O homem avançou para oriente com o cordel que tinha na mão, e mediu mil côvados; depois fez-me atravessar a água; ela chegava-me até aos tornozelos.

Mediu ainda mil côvados e fez-me atravessar a água; ela chegava-me aos joelhos. Mediu ainda mil côvados e fez-me atravessar a água; chegava-me aos quadris.
Mediu ainda mil côvados; era uma torrente que eu não conseguia atravessar, porque a água era tão profunda que era necessário nadar. Efectivamente, era uma torrente que não se podia atravessar.
E Ele disse-me: "Viste, filho de homem?" E levou-me até à beira da torrente.
Quando aí cheguei, eis que havia à beira da torrente grande quantidade de árvores, em cada uma das margens.
Ele disse-me: "Esta água corre para o território oriental, desce para a Arabá e dirige-se para o mar; quando chegar ao mar, as suas águas tornar-se-ão salubres.
Por onde quer que a torrente passar, todo o ser vivo que se move viverá. O peixe será muito abundante, porque aonde quer que esta água chegar, tornar-se-á salubre; e a vida desenvolver-se-á por toda a parte aonde ela chegar.
Ao longo da torrente, nas suas margens, crescerá toda a sorte de árvores frutíferas, cuja folhagem não murchará e cujos frutos nunca cessam: produzirão todos os meses frutos novos, porque esta água vem do Santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas, de remédio." 

Livro de Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.

Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
ajuda permanente nos momentos de angústia.
Por isso, não temos medo, mesmo que a terra trema,
mesmo que as montanhas se afundem no mar.

Um rio, com os seus canais, alegra a cidade de Deus,
a mais santa entre as moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela, não pode vacilar;
Deus irá em seu auxílio, ao romper do dia.

O Senhor do universo está connosco! 
O Deus de Jacó é a nossa fortaleza!
Vinde e contemplai as obras do Senhor, 
as maravilhas que Ele realizou na terra.
Evangelho segundo S. João 5,1-16.
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, há uma piscina, em hebraico chamada Betzatá. Tem cinco pórticos, e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos.
Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, disse-lhe:«Queres ficar são?»
Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua cama e anda.»
E, no mesmo instante, aquele homem ficou são, agarrou na maca e começou a andar. Ora, aquele dia era de sábado.
Por isso os judeus diziam ao que tinha sido curado: «É sábado e não te é permitido transportar a cama.»
Ele respondeu-lhes: «Quem me curou é que me disse: 'Toma a tua cama e anda'.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem é esse homem que te disse: 'Toma a tua cama e anda'?»
Mas o que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus se tinha afastado da multidão ali reunida.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.»
O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.
E foi por isto, por Jesus realizar tais coisas em dia de sábado, que os judeus começaram a persegui-lo. 

Comentário do dia:

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão para a quaresma; PL 57, 585

«Queres ficar são?» A quaresma conduz ao batismo


Lemos no Antigo Testamento que, no tempo de Noé, como todo o gênero humano tivesse sido vencido pelo pecado, as cataratas do céu se abriram e durante quarenta dias e quarenta noites choveu sem cessar. […] Era simbólico: tratava-se mais de um batismo do que de um dilúvio. Foi, na verdade, um batismo que lavou a maldade dos pecadores e poupou a retidão de Noé. Tal como nessa época, hoje o Senhor dá-nos a quaresma para que os céus se abram durante o mesmo número de dias, para nos inundar com a chuva da misericórdia divina. Uma vez lavados nas águas salvíficas do batismo, este sacramento ilumina-nos; tal como outrora, as águas levam o mal das nossas faltas e reafirmam a retidão das nossas virtudes.
Hoje a situação é a mesma que no tempo de Noé. O batismo é o dilúvio para o pecador e a consagração para os que são fiéis. No batismo, o Senhor salva a justiça e destrói a injustiça. Vêmo-lo no exemplo de um único homem: o apóstolo Paulo; antes de ser purificado pelos mandamentos espirituais era um perseguidor e um blasfemo (1Tim 1,13); uma vez banhado pela chuva celeste do batismo, o blasfemo morreu, morreu o perseguidor, Saulo morreu e tomou vida o apóstolo, o justo, Paulo. […] Quem viver religiosamente a quaresma e observar os preceitos do Senhor, verá morrer em si o pecado e viver a graça […]; morre como pecador, para viver como justo.

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