sexta-feira, 7 de março de 2014

Leituras do dia

Sexta-feira depois das Cinzas

Santo do dia : Santas Perpétua e Felicidade, mártires, +203S. Pedro Sukeyiro, terceiro franciscano, mártir, +1597 

Livro de Isaías 58,1-9a.
Eis o que diz o Senhor Deus: «Grita em voz alta, sem te cansares. Levanta a tua voz como uma trombeta. Denuncia ao meu povo as suas faltas, aos descendentes de Jacob, os seus pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho, como se fosse um povo que praticasse a justiça, e não abandonasse a lei de Deus. Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus. 
Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos, se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios, e oprimis todos os vossos empregados. 
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto. 
Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar a isto jejum e dia agradável ao SENHOR? 
O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, 
repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. 
Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do SENHOR atrás de ti. 
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!» 

Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.18-19.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;   
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado. 
Lava-me de toda a iniquidade; 
purifica-me dos meus delitos. 

Porque eu reconheço os meus pecados 
e tenho diante de mim as minhas culpas. 
Pequei contra ti, só contra ti, 
e fiz o mal diante dos teus olhos. 


Não te comprazes nos sacrifícios 
nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça. 
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; 
ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido. 


Evangelho segundo S. Mateus 9,14-15.
Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» 
Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.» 

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 

Comentário do dia: 

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Audiência geral de 21/03/1979 (trad. copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) 


«Então, hão-de jejuar»


«Porque não jejuam os teus discípulos?» Jesus respondeu: «Porventura podem os companheiros para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.» Na verdade, o tempo da Quaresma recorda-nos que o esposo nos foi tirado. Tirado, detido, preso, esbofeteado, flagelado, coroado de espinhos e crucificado. O jejum no tempo da Quaresma é a expressão da nossa solidariedade com Cristo. […] «O meu amor foi crucificado e já não há em mim a chama que deseja as coisas materiais», escreve o Bispo de Antioquia, Inácio, na sua carta aos Romanos (VII, 2). 

O alimento e as bebidas são indispensáveis para o homem viver; deles se serve e deve servir-se, mas não lhe é lícito abusar deles seja da forma que for.
A tradicional abstenção do alimento e das bebidas tem como finalidade introduzir na existência do homem, não só o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento daquilo que poderia definir-se como uma atitude consumista. Tal atitude tornou-se nos nossos tempos uma das características da civilização, e em particular da civilização ocidental. […] O homem orientado para os bens materiais […] muitas vezes abusa deles. 

Não se trata aqui unicamente do alimento e das bebidas. Quando o homem está orientado exclusivamente para a posse e o uso dos bens materiais, isto é, das coisas, então também toda a civilização é medida segundo a quantidade e qualidade das coisas que se encontra capaz de fornecer ao homem, e não se mede com a medida adequada ao homem. Com efeito, esta civilização fornece os bens materiais não só para servirem o homem no exercício das suas actividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazerem os sentidos, a excitação que daí deriva, o prazer momentâneo e a multiplicidade cada vez maior de sensações. […] O homem contemporâneo deve jejuar, isto é, abster-se não só do alimento ou das bebidas, mas de muitos outros meios de consumo, da estimulação e da satisfação dos sentidos. Jejuar significa abster-se, renunciar a alguma coisa.

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