domingo, 29 de janeiro de 2023

O dom de Conselho e nossa docilidade

Francisco Faus 

Quando o secundamos docilmente: nos ajuda a discernir, com uma prudência sobrenatural e consciência reta, os caminhos concretos que devemos empreender e manter fielmente nesta vida; bem como cada um dos passos particulares que – dentro da nossa vocação, da nossa missão, das nossas responsabilidades (para nós, as responsabilidades pastorais, sobretudo) – deveremos escolher e pôr em prática, ou rejeitar. E também aquilo que devamos aconselhar aos outros – tanto em particular, como a grupos coletivos (direção espiritual, aulas, pregações) –, para o seu bem sobrenatural e humano. É um dom essencial para os pastores da Igreja.

Quando o obstruimos: Obstruímos, anulamos esse dom do Espírito Santo quando nós (padres, religiosos, religiosas, etc.), abandonamos as almas na tibieza, contentando-nos com ajudá-las a ter uma vida cristã superficial e a fazer apenas com que se mexam em algo (ativismo). Somos maus pastores, somos os mercenários da parábola, se – por covardia ou desejo de sermos estimados – aconselhamos às ovelhas as coisas que lhes são fáceis e agradáveis, as coisas que elas gostariam de ouvir, porque a nada comprometem, nem obrigam a mudar o comportamento moral. Seríamos maus pastores se praticássemos um carinho brando, uma tolerância mole que ilude (e que nada tem a ver com o "plano formativo gradativo, pedagógico"). A esses maus pastores falava São Paulo, quando dizia: Porque há muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigos da Cruz de Cristo, cujo destino é a perdição (Fil 3, 18).

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