Uma reflexão à luz da fé
Sinopse: Em um mundo
pós-apocalíptico, Malorie (Sandra Bullock) e seus filhos precisam chegar
a um refúgio para escapar do problema, isto é, criaturas que, ao serem
vistas, fazem pessoas se tornarem extremamente violentas. De olhos
vendados para não serem afetados, a família segue o curso de um rio para
chegar em segurança ao seu destino.
Esta produção da Netflix é baseada no
livro de mesmo nome do autor Josh Malerman, e chegou chamando a atenção,
em especial, pela presença da atriz Sandra Bullock. Alguns criticaram,
outros amaram… então, vamos falar um pouco sobre o filme.
É um filme sobre sobrevivência. Há
um grande mal assolando o mundo, que leva as pessoas a se matarem, e o
enredo mostra que aqueles que se escondem em uma casa buscam, acima de
tudo, sobreviver a esse perigo, adaptando-se às dificuldades e tomando
os cuidados necessários, mas não desistindo da vida e da felicidade.
Mesmo diante de todas as dificuldades e perigos, sabem que vale a pena
viver.
Outro ponto muito importante: a dependência do outro. Quando
estão dentro da casa, desde que tenham alimento e água, não precisam
sair e se arriscar. E quando isso estiver acabando? Quem vai sair e
arriscar a própria vida? E como fazer para sair sem olhar as criaturas?
Neste momento, a dependência do outro se torna fundamental para a
sobrevivência, não só em razão daqueles que se arriscarão a sair do
local seguro, mas porque sairão de olhos vendados e dependerão dos que
estarão ao lado.
Tentar sobreviver é o mínimo que se pode
fazer, em especial, para transmitir aos demais os reais motivos para
viver, e de continuar a ter esperanças, mesmo diante das maiores
dificuldades. Essa mensagem já nos foi dada pela Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II:
“(…) o destino futuro da humanidade está nas mãos daqueles que souberem dar às gerações vindouras razões de viver e de esperar.”
Cabe a cada um de nós, enfrentando as
nossas dificuldades, saber que nossa vida deverá ser instrumento para as
gerações futuras, ensinando às crianças que vale a pena viver e ter
esperanças. E mais, deixar de lado o nosso orgulho e reconhecer que
dependemos uns dos outros também para a nossa sobrevivência, onde cada
qual tem seu papel e é possível aprender com os demais.
Como filme, existem alguns problemas na
produção (roteiro, montagem, etc.), que podem, inclusive, ter criado as
críticas duras, mas, ainda assim, pode ser um filme a ser assistido mais
de uma vez, observando os detalhes e escolhas dos personagens,
colocando-se no lugar de cada um e se questionando sobre qual seria a
sua decisão nos diversos momentos que surgem.
Na internet existem diversas teorias,
sendo uma delas no sentido de que os seres que não podem ser vistos
seriam uma alegoria para a depressão, e que, quando as pessoas se deixam
ser atingidas pelos monstros buscam a auto-tortura e até mesmo o
suicídio, como se nada mais importasse na vida (nem mesmo ela). Ainda
com base nessa teoria, os pássaros seriam as boas lembranças e os
momentos felizes que ajudariam a encontrar motivos para continuar
vivendo. A teoria é interessante, mas não encontra respaldo no livro,
pois o autor, em nenhum momento, se manifestou neste sentido.
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