quinta-feira, 27 de abril de 2017

O segredo de Fulton Sheen:


Perguntado certa vez sobre o que motivava o seu apostolado, o bispo Fulton Sheen
deu uma resposta surpreendente. Sua fonte de inspiração não era nem um Papa, nem
um bispo, nem algum padre ou religiosa, mas o martírio de uma criança.
Poucos homens da história recente da Igreja exerceram tamanha influência espiritual sobre as
almas quanto o bispo norte-americano Fulton Sheen. Autor de inúmeros livros e pioneiro na
evangelização pela TV, as suas aulas e pregações mudaram a vida de milhões de pessoas em
todo o mundo.
O que fez esse homem de Deus tão especial, além de seu intelecto afiado e de sua profunda
humildade, foi a oração. Ele geralmente dizia que o segredo para o seu grande sucesso em ganharalmas para Cristo era que, todos os dias de sua vida, ele separava uma hora de adoração diante do
Santíssimo Sacramento – a "Hora Santa".
Fulton Sheen chamava esse momento que tinha com Deus de "hora do poder" e o propósito de
todas as suas conversas era sempre inspirar a todos, padres e leigos, a fazer uma Hora Santa
diária diante de Jesus Sacramentado. Ele citava Jesus no Evangelho, dizendo que quem quer que
permanecesse em uma hora de união com Ele, presente no Santíssimo Sacramento, "daria muito
fruto" (Jo 15, 5).
Ele mesmo experimentou esses frutos em sua vida apostólica. Quando pregava, todos o
escutavam, mesmo quem não era católico. Sua mensagem era ao mesmo tempo cativante e
transcendente.

Alguns meses antes de sua morte, ele foi entrevistado em cadeia nacional de televisão. Uma das
questões que lhe fizeram foi:
"Vossa Excelência tem inspirado milhões de pessoas em todo o mundo. E o senhor? Quem o inspirou? Foi
talvez um Papa?"
Surpreendemente, Fulton Sheen respondeu que quem o tinha inspirado não foi nem um Papa, nem
um cardeal, nem outro bispo, nem mesmo um padre ou uma religiosa, mas uma garotinha chinesa,
de nove anos de idade.
Ele explicou que, quando os comunistas tomaram o controle da China, um sacerdote foi
encarcerado em sua própria casa paroquial, próxima à igreja.
Trancado, o padre se horrorizou ao olhar para o lado de fora da janela e ver os comunistas se
aproximando da igreja, entrando no santuário e violando o sacrário. Em um ato de abominável
profanação, eles pegaram o cibório e lançaram-no ao chão, espalhando no chão todas as Hóstias
Consagradas que estavam dentro. O padre sabia exatamente quantas espécies havia no cibório:
trinta e duas.
Quando os comunistas saíram, eles não perceberam (ou não prestaram atenção) que uma
menininha rezava na parte de trás do templo, depois de ter presenciado tudo.
Naquela mesma noite, ela voltou. Sem que os guardas na casa paroquial a notassem, ela entrou
na igreja. Ali, fez uma hora santa de oração e um ato de amor em reparação por aquele sacrilégio.
Depois, entrou no santuário, ajoelhou-se, inclinou a cabeça e, com a língua, recebeu Jesus na
Sagrada Comunhão. Não era permitido aos leigos, à época, tocar a Hóstia Consagrada com as
mãos.
A garotinha continuou voltando todas as noites para fazer sua hora santa e receber Jesus na
Sagrada Comunhão, diretamente na língua. Na trigésima segunda noite, depois de consumir a
última hóstia, ela acidentalmente fez um barulho e acordou o guarda que estava dormindo. Ele
Gmail - Lindo testemunho https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=8106254620&view=pt&se...
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correu atrás dela, capturou-a e bateu nela até a morte com a coronha do seu rifle.
Esse ato heroico de martírio foi presenciado pelo sacerdote, que assistiu a tudo, aflito, da janela de
seu quarto.
Quando Sheen ouviu essa história, ele ficou tão impressionado que prometeu a Deus fazer uma
hora santa de oração diante de Jesus no Santíssimo Sacramento todos os dias de sua vida. Se
aquela pequena criança chinesa tinha arriscado a sua vida para expressar o seu amor por Jesus
Eucarístico, com uma hora santa e uma Comunhão, então, o bispo pensou que aquilo era o mínimo
que ele poderia fazer. Se aquela frágil menina tinha dado um testemunho tão maravilhoso da
presença real de nosso Salvador no Santíssimo Sacramento, o bispo sentiu-se praticamente
obrigado a imitá-la.
A partir de então, Fulton Sheen começou a falar publicamente sobre o amor de Deus no
Santíssimo Sacramento. Seu único desejo era trazer o mundo ao Coração ardente de Jesus no
sacramento da Eucaristia. A garotinha havia lhe mostrado o que realmente significavam zelo e
coragem, como a fé podia superar todo medo, como o verdadeiro amor por Jesus Eucarístico deve
transcender a própria vida.
O que aquela mártir anônima fez é uma versão moderna do que fez a bem-aventurada Virgem
Maria, quando permaneceu com o seu amado Filho aos pés da Cruz. Ficar com Jesus no Santíssimo
Sacramento hoje é o mesmo que permanecer com Ele diante da Cruz. No Calvário, Ele foi
abandonado, até por Seus amigos, os Seus próprios discípulos fugiram de medo. Só a Sua mãe, o
discípulo amado e Maria Madalena testemunharam a sua fé e o seu amor.
Hoje, Nossa Senhora está chamando todos os seus filhos que lhe são consagrados ao mesmo
testemunho de fé e de fervorosa caridade. O seu desejo é que todos venham adorar o seu Filho,
presente no Santíssimo Sacramento do altar.
A Beata Madre Teresa de Calcutá dizia que a adoração perpétua é o que vai renovar a Igreja e
salvar o mundo. Quando fazemos aqui o que é feito no Céu, adorando a Deus perpetuamente,
então acontecem novos céus e nova terra (cf. Ap 21, 1). Jesus foi zombado e crucificado por dizer
que era Rei. Quando sua Esposa, a Igreja, finalmente proclama Seu reinado e presta-Lhe a honra
que Ele merece por meio da adoração perpétua, então Ele vem e estabelece o Seu Reino no
mundo.
O homem está para além de uma solução humana. O que ele precisa é de uma intervenção divina.
Abram-se, pois, os nossos olhos e dobrem-se os nossos joelhos diante de tão grande mistério:
Deus, que desce todos os dias aos altares, no Santíssimo Sacramento; Deus, que se faz
"prisioneiro de nosso amor", em todos os sacrários do mundo inteiro; Deus, que quer Se doar às
nossas almas, na Sagrada Comunhão.
Não resistamos mais ao Seu amor! "Vinde, adoremos", depressa, o Tão Sublime Sacramento!

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