São Bento foi fundamental para a Igreja Católica por que em torno do ano de 540 organizou a vida de monges e monjas, com regras que ainda são utilizadas hoje em dia. Até então, monges viviam isolados, longe das cidades, mendigando, indo para onde desejassem e rezando conforme lhes aprazia, o que nem sempre resultava em bons exemplos.
São Bento (de Núrsia) nasceu em 480 e faleceu em 547. |
São Bento instituiu os monastérios sob a responsabilidade de um abade ou abadessa, os três votos - castidade, pureza e obediência - e uma vida em comunidade que combinava horas de orações com momentos de trabalho em favor de todos. Embora levasse uma vida santa, por duas vezes teve sua vida ameaçada e salva por milagres.
Certa ocasião, o abade de um monastério morreu e os monges convidaram o santo para assumir a função. Como era seu hábito, impôs as suas regras, o que desgostou os monges que estavam acostumados com uma vida mais livre e tranquila. Decidiram então matar São Bento envenenando o vinho que ele consagraria na Missa. Mas ao fazer o Sinal da Cruz, o cálice se partiu em pedaços, derramando todo o vinho, e salvando o Santo.
Em outra ocasião, um padre que morava perto do monastério caiu no pecado da inveja, por que seus paroquianos admiravam mais o Santo do que a ele. Este padre enviou-lhe um pão envenenado. Na época o Santo tinha o hábito de dar migalhas de pão a um corvo que fizera ninho próximo ao monastério. Avisado em sonho que o pão que receberia estava envenenado, naquele dia o Santo foi até o pátio, recomendou à ave que não comesse do pão, mas que o depositasse em frente à porta do padre, que assim soube que seu plano falhara.
Então o padre resolveu desacreditar São Bento enviando sete mulheres nuas para o Monastério. Novamente a idéia lhe foi revelada por milagre, temendo por seus monges mais jovens ou fracos, pediu que todos se reunissem em oração. Mas o padre não conseguiu completar seus planos, pois o teto da casa em que morava desabou sobre sua cabeça, matando-o. Um dos monges soube do acontecimento e correu alegre para contar ao santo. Este repreendeu-lhe duramente, pois o padre havia morrido em pecado e sua alma estava em perigo grave, este não era um bom motivo para alegria. Ao monge impôs dura penitência e foi até a Igreja onde o tal padre era pároco para celebrar a Missa e pedir por sua alma.
Embora pareçam improváveis, estes milagres foram narrados por São Gregório Magno, doutor da Igreja, que sucedeu São Bento como abade do Monastério de Monte Cassino, antes de ser eleito Papa.
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